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Terremoto mata mais de 200 na Itália; premiê rejeita ajuda internacional

Folha Online

O premiê italiano, Silvio Berlusconi, rejeitou nesta terça-feira as ofertas de ajuda financeira e humanitária de mais de 30 países e afirmou que a Itália é "pode atuar sozinha" para reverter a destruição causada pelo terremoto que atingiu, nesta segunda-feira (6), a cidade de Áquila, em Abruzzo, deixou 207 mortos, cerca de 1.00 feridos, milhares de desabrigados e danificou cerca de 10 mil prédios.

"Agradecemos a solidariedade, mas pedimos que não enviem ajuda, temos a capacidade de responder às exigências. Somos um país orgulhoso e rico. Agradeço, mas podemos atuar sozinhos", afirmou Berlusconi.

Nesta segunda-feira (6), Berlusconi, declarou estado de emergência nacional, cancelou uma viagem que faria a Rússia, e pediu recursos federais para ajudar as vítimas do desastre.

Em entrevista coletiva na cidade de Áquila, após sobrevoar os escombros, Berlusconi afirmou que os mortos somam 207, dos quais 190 foram identificados. O premiê afirmou ainda que há mil feridos, dos quais cem estão em estado grave".

"Quase 150 pessoas foram resgatadas vivas dos escombros e 15 estão desaparecidas", completou Berlusconi, que anunciou ainda que as buscas devem continuar por mais 48 horas e mobilizar 7.000 pessoas.

O premiê não chegou a citar o número de desabrigados pelo terremoto que, segundo a Defesa Civil italiana, danificou cerca de 10 mil prédios da região.

Segundo o centro de coordenação de resgates instalado na região, o número de pessoas que perderam as casas no terremoto é de 17 mil. O prefeito de Áquila, Massimo Cialente, havia calculado inicialmente em 50 mil o número de desabrigados. Outras fontes chegaram a citar 70 mil pessoas sem casas.

Tremor


O sismo foi o pior a atingir a Itália desde 23 de novembro de 1980, quando um tremor de 6,5 graus na escala Richter matou 2.735 pessoas. Áquila é a capital da região de Abruzzo e fica em um vale cercado pelos Montes Apeninos. O tremor aconteceu às 3h30 desta segunda-feira (6) --22h30 de domingo (5), em Brasília.

De acordo com o Instituto Nacional de Geofísica da Itália, a magnitude do terremoto foi de foi 5,8 graus na escala Richter. De acordo com a escala, os tremores entre 5,5 e 6 graus ocasionam pequenos danos em edificações. Entre 6,1 e 6,9 podem causar danos graves em regiões muito populosas.

Deste segunda-feira (6), ao menos 280 réplicas [tremores secundários de intensidade menor que ocorrem depois de terremotos] atingiram a região. Uma delas, que aconteceu por volta das 11h26 (6h26 no horário de Brasília), atingiu 4,3 graus na escala Richter. O tremor foi seguido por outro ainda mais forte, seis minutos depois, que gerou enorme pânico entre a população, segundo a Defesa Civil italiana.

A réplica foi sentida até mesmo em Roma, onde os móveis caíram em andares mais altos dos prédios. Não se sabe ainda se o tremor, a mais forte réplica desde segunda-feira (6), causou maiores danos.

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