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Notícias / Ciência & Saúde

Agricultores pré-históricos induziram mudanças genéticas no arroz

G1

Quando o ser humano começou a desenvolver a agricultura, há cerca de dez mil anos, induziu, sem saber, mudanças genéticas nos alimentos que cultivavam. Assim como acontece com os atuais transgênicos, os antigos fazendeiros tinham o objetivo de melhorar a produção.

Uma equipe de cientistas liderada por Masanori Yamasaki, da Universidade de Kobe, no Japão, analisou o genoma do arroz selvagem e o comparou ao de duas subespécies do cereal, domesticados em momentos e de forma diferentes.

Os testes genéticos mostraram que, no processo de domesticação, o caule do arroz ficou mais curto devido a uma mutação no gene “semi anão 1” (SD1). Com o tempo, as mutações tornaram os talos mais robustos e aumentaram a capacidade de produção de grãos da planta.

A diversidade genética no SD1 é muito maior no arroz selvagem que nas espécies cultivadas pelo ser humano, que guardaram as mutações. Para os autores, isso sugere que houve uma seleção artificial durante o início do processo de domesticação do arroz.

A conclusão da pesquisa publicada pela "PNAS" é de que nossos antepassados levaram em conta a altura dos pés e selecionaram as menores plantas, que tinham características genéticas específicas.
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