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Verônica queria contratar alguém para matar amante, diz polícia

G1

A estudante Verônica Verone, que confessou ter asfixiado e matado o empresário Fábio Gabriel Rodrigues, em um motel em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, queria contratar uma pessoa para matar o ex-amante. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (13) pela delegada que concluiu o inquérito sobre o caso, Juliana Rattes.

“Na mesma semana da morte do Fábio ela tentou comprar uma pistola por R$ 2 mil. Ela ainda oferece 2 mil para que uma pessoa pudesse praticar um homicídio. Duas testemunhas nos contaram isso durante as investigações”, disse a delegada.

O inquérito, encerrado na semana passada, foi enviado ao Ministério Público. A polícia indicia Verônica por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, já que na ocasião ela tentou arrastar o corpo de Fábio até o carro, mas não conseguiu. Segundo a delegada, o laudo cadavérico de Fábio ajudou a concluir o inquérito, já que não foram constadas presença de drogas no sangue do empresário.

“No exame cadavérico do Fábio apareceu uma substância que a gente desconhecia, um antidepressivo. Ela induziu ele a tomar esse remédio, e quando ele estava inconsciente, ela subiu em cima dele e provocou a asfixia. Ele não ingeriu nenhuma outra droga”, explicou a delegada. De acordo com Juliana, a mistura do remédio com bebidas alcoólicas pode deixar a pessoa desnorteada, quase inconsciente.

Crime
O assassinato aconteceu dia 14 de maio em um motel da Região Oceânica de Niterói. Segundo o inquérito, Fábio foi morto por asfixia mecânica, enforcado possivelmente por um cinto.

A polícia também concluiu que Verônica tentou esconder o corpo do empresário. Ela teria arrastado o cadáver, que pesava 90 kg, do quarto do motel até a garagem. Os investigadores excluíram a possibilidade de participação de uma outra pessoa depois da reconstituição do crime, quando Verônica conseguiu arrastar um policial e um saco de areia, ambos com o mesmo peso de Fábio.

Presa há cerca de um mês na penitenciária Bangu 7 pode pegar até 30 anos de prisão, segundo a delegada.
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