Imprimir

Notícias / Política BR

Câmara vai votar urgência de projeto que busca anistia de bombeiros

G1

Os líderes partidários da Câmara dos Deputados decidiram nesta terça-feira (14) votar o regime de urgência do projeto que prevê a anistia criminal para os bombeiros do Rio de Janeiro, que foram presos após a invasão do Quartel Central. O regime de urgência do projeto, de autoria do deputado Alessandro Molon (PT-RJ), deverá ser colocado em votação na próxima semana.

Molon disse ao G1 que líderes de 11 partidos já apoiaram a votação do regime de urgência. O deputado alega que o projeto não é contra o governo do Rio de Janeiro, uma vez que não libera de possíveis punições administrativas os bombeiros que participaram da invasão do quartel.

"Este é um projeto partidário, que não tem o objetivo de ser de rivanchismo. Queremos a anistia da punição criminal, mas não da administrativa. As punições administrativas que eles tiveram é o estado que vai decidir", afirmou Molon.

Nesta segunda-feira (13), a juíza Ana Paula Monte Figueiredo, da Auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro, aceitou a denúncia contra os 429 bombeiros e dois policiais militares presos após a invasão do Quartel Central, no Centro. Segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), eles vão responder à ação penal militar pelos crimes de motim, dano em material ou aparelhamento de guerra, dano em aparelhos e instalações de aviação e navais, e em estabelecimentos militares.

Segundo o deputado, caso seja aprovado, o projeto vai anular as possíveis punições criminais a que os bombeiros possam ser submetidos. Segundo o TJ-RJ, todos os militares já foram notificados no processo criminal que já foi aberto pela Justiça deverão comparecer à Auditoria da Justiça Militar na próxima quarta-feira (15), para serem citados. As datas dos interrogatórios também já estão definidas. A denúncia apresenta uma relação de 14 veículos operacionais danificados pelos manifestantes.

Atendendo ao pedido do MP, o processocriminal que já está em andamento foi desmembrado, formando dois novos - um quanto aos dois policiais militares e outro em relação aos 14 bombeiros considerados “cabeças” do crime de motim. Os demais 415 acusados permaneceram agrupados na ação principal.
Imprimir