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Estudo encontra mais de 700 traumatismos cranianos em 'Asterix'

G1


A violência das histórias em quadrinhos de “Asterix, o Gaulês”, virou tema de uma pesquisa científica na Alemanha. A equipe do neurocirurgião Marcel Alexander Kamp, da Universidade Heinrich Heine, de Düsseldorf, estudou os fatores de risco de traumatismo craniano nos livros da série, e publicou os resultados num artigo científico na revista especializada “Acta Neurochirurgica”.

Tendo em vista que o traumatismo craniano é uma lesão recorrente na literatura ilustrada, os pesquisadores analisaram os 34 episódios já publicados de “Asterix”. Foi analisado o status neurológico dos personagens, em busca de traços desse tipo de lesão na cabeça.

Ao todo, foram identificados 704 casos de traumatismo craniano. Adultos do sexo masculino constituem a maior parte das vítimas, e em 98,8% das vezes a lesão foi causada por agressão física. Os romanos são o grupo com maior número de traumatismos – 63,9% do total. Em 90% das vezes, a lesão foi causada por gauleses e, em 83% das vezes, o agressor estava sob efeito da poção mágica.

Em mais da metade dos casos, o trauma foi considerado grave. No entanto, apesar da perda momentânea de consciência, ninguém morreu ou teve danos neurológicos permanentes.

Criada pelos franceses René Goscinny e Albert Uderzo, “Asterix” é uma série de humor que narra as aventuras de uma tribo da Gália (atual França) que resiste ao domínio do Império Romano – em seu auge – graças a uma poção mágica que dá força extra a seus guerreiros.

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