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Notícias / Ciência & Saúde

Faça a re-educação alimentar do seu filho e evite a obesidade infantil

G1

Somando tudo que as crianças gostam são centenas de calorias. Luiz Augusto Zanela tem só 12 anos e já se preocupa com essa matemática. “Estou acima do peso e tentando botar um ritmo.”

Mateus também está tentando, mas ao longo de seus 10 anos de idade, desenvolveu hábitos que não ajudam. “Ele nunca quer almoçar, nunca está com fome”, conta a mãe. Na verdade, Mateus enrola a mãe e faz charminho para a avó e acaba comendo o quer na hora do almoço. “Ele fica chatinho, fica chorando”, fala a avó.

Aquela história de resmungou, está com fome, começa cedo. “Tem criança que chorou, dá leite. Muitas vezes ela está com sede, queria água e mata a sede com o leite”, comenta o endocrinologista pediatra Durval Damiani.

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Os bons hábitos precisam ser cultivados desde cedo. Ensine a criança a começar a refeição com uma salada. Também é importante aprender a comer devagar. Uma dica é trocar os talheres normais por garfo e colher de sobremesa, assim o seu filho vai pegar porções menores. Por fim, dê o exemplo à mesa. Mastigue várias vezes antes de engolir. É que as crianças costumam imitar os pais e isso também ajuda a comer menos.

Tem mais uma coisa. Hora de comer é hora de comer. Nada de ficar distraído com videogames ou outras brincadeiras. Quando faz isso, a criança acaba comendo demais e nem percebe.

No meio da manhã ou da tarde, aquele famoso lanchinho pode ser um perigo. “Entre o café da manhã e o almoço, o seu filho não corre risco de vida por inanição. O lanche ideal é uma fruta, é uma barrinha de cereal, é uma gelatina.

E aquela velha história de comer tudo? A mãe de Mateus insiste para o filho limpar o prato desde pequeno. “O arroz e feijão que eu colocar eu quero que ele coma”, diz.

“Tem que respeitar uma coisa que a criança tem muito. A sensação fome-saciedade. Ela tem fome, ela come. Ela parou de ter fome, ela para”, explica o médico.

Excesso de peso traz muitos riscos à saúde. “Uma coisa que pouca gente fala é a questão do câncer. O obeso tem maior risco de câncer”, alerta Durval Damiani.

Na escola, o sofrimento aumenta com a zoação. “Por exemplo, quando vou jogar futebol eles falam ‘vai, corre gordo, corre gordo, pega a bola do gordo’. Até levo na brincadeira, mas várias vezes incomoda bastante”, diz Luiz Zanela.

Giovana Garcia, de apenas oito anos, conta que ouvia muita brincadeira sem graça. “Não é legal porque às vezes as pessoas podem se sentir excluidas e diferente, mais feias.” Ela emagreceu bastante, passou por uma re-educação alimentar e hoje tem uma vida mais saudável. “Eu me acho igual às outras pessoas.”
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