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Com apoio, Felipão dispara: 'Sou empecilho para muita negociação'

Globo Esporte

O técnico Luiz Felipe Scolari repete a cada entrevista que briga apenas pelos interesses do Palmeiras - isso inclui a guerra declarada contra a ação de empresários no clube, principalmente a DIS, braço esportivo do Grupo Sonda. O afastamento do meia Tinga e a insatisfação de Wellington Paulista não tiraram o sono do técnico, que tem o apoio da diretoria em todas as suas críticas. Apesar de adotar discurso conciliador, a cúpula palmeirense dá respaldo para Felipão atacar a DIS e outros empresários que possam vir a interferir no cotidiano do clube.

Nenhuma palavra sai da boca do técnico por acaso. A diretoria concorda que a DIS queria valorizar o garoto Vinícius, que recusou proposta do Udinese-ITA e espera por uma renovação de contrato. No entanto, entende que a empresa está buscando seus interesses. A ação incomodou o técnico, que quer aumentar a distância entre grupos de empresários e o Palmeiras. Em pé de guerra, Felipão avisa que não vai facilitar qualquer tipo de negociação.

- Só quero dizer que eu continuo sendo um empecilho para muitas negociações, muitos cruzamentos... E vou continuar assim. Quando eu parar, é porque eu joguei a toalha. Acho que ainda existe muita seriedade no futebol, apesar da podridão – disparou o técnico, nesta sexta-feira.

O fato de Tinga não ter treinado nos últimos dias irritou o comandante. O meia, via DIS, alega que pediu para fazer apenas treino físico e não foi atendido. Mesmo assim, o jogador deve ser advertido pela diretoria - a pedido do técnico. O camisa 17 está no meio do fogo cruzado entre clube e empresa, e deve confirmar sua saída do Palmeiras na próxima semana. Oficialmente, a diretoria diz que está tudo tranquilo e que o assunto será resolvido "sem deixar traumas para nenhum dos lados". Neste sábado, Tinga ficou fora da lista dos relacionados para o jogo contra o Avaí, no Canindé.

- Se perguntarem para mim, não está tudo bem. Para eles, vai estar tudo bem. É tudo de acordo com os interesses – disse Felipão.

As comissões levadas por empresários em transferências também tiram o técnico do sério. Até mesmo o pouco badalado Paulo Henrique, que chegou do Paraná, teve intermediários que faturaram com o negócio. O clube pretende reduzir a participação de terceiros e minimizar a ação de empresários.

- Lutamos para isso, são muitos custos desnecessários - afirmou o vice-presidente Roberto Frizzo.
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