O ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB) afirmou que vai à Brasília tomar providências de ordem jurídica contra os acusados de forjarem dossiês contra ele e Serys Slhessarenko (PT) nas eleições de 2006. A denúncia foi apresentada em reportagem da Revista Veja nesta semana e acusa o senador Blairo Maggi (PR) e o ex-deputado federal Carlos Abicalil (PT) de envolvimento na elaboração do dossiê que relacionava Antero e Serys ao escândalo dos sanguessugas.

Na reportagem da Veja, tanto Abicalil quanto Maggi negam a história. “Essa prática de divulgar dossiês nunca pertenceu ao meu estilo de trabalho”, garantiu o senador republicano. “Nem sei que dossiê é esse. Nunca elaborei dossiê e nunca participei desse tipo de trama, nem hoje e nem no passado”, assegurou o petista.

No entanto, em entrevista por telefone ao Olhar Direto, Antero confirmou que já tinha conhecimento da fraude, mas não tinha provas para mover uma ação contra os supostos envolvidos. Declarou também saber do envolvimento de Abicalil e Maggi desde então.

“Espero que o Ministério Público reabra o caso. Que faça o que tem que ser feito. Que a Polícia Federal investigue. Que tudo seja clareado e os envolvidos sejam punidos”.

Antero, que tinha iniciado a campanha ao governo bem atrás de Maggi, argumenta que as pesquisas apontavam para uma convergência nas intenções de voto, o que poderia encaminhar o pleito para uma decisão em segundo turno, quando o dossiê veio à tona.

Barros também lembrou que o delegado que apurava a Máfia dos Sanguessugas e o Dossiê dos Tucanos à época era o atual secretário de Estado de Segurança Pública, Diógenes Curado e alfinetou: “Diógenes não conseguiu apurar o crime e foi promovido a secretario no governo Maggi. É uma pena termos uma polícia que apura menos que a imprensa”.

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