Imprimir

Notícias / Cidades

Moinho De Werk era o sonho do aviador e hoje padeiro Anesio Kokura

Da Redação/Com Assessoria

Na opinião do prefeito de Cuiabá, Wilson Santos, Cuiabá é uma cidade encantadora, e é salutar devolver a ela, em termos de trabalho e obras, a grande receptividade feliz que concede a quantos aportem na terra. Santos disse isso ontem (08-04) durante a solenidade de inauguração do sistema de iluminação do Moinho De Werk, propriedade do padeiro Anesio Kokura. "Anesio é mais um empresário que devolve a Cuiabá tudo aquilo que ela nos oferta de bom, a começar pela família e esse calor humano tão intenso. O Moinho De Werk, obra praticamente concluída, já na fase de acabamento, é um presente fenomenal a Cuiabá, reconhecimento de Anesio pelos frutos de vida que fecundou aqui".

Ao conceber o projeto de construção do Moinho De Werk, que, em holandês - segundo define o empresário Anesio Kokura - significa 'o trabalho', ele estava à procura da realização do seu sonho de vida. Aos 40 anos, natural de Dourados-MS, Anesio explica que tinha em mente edificar algo do tipo para Cuiabá, na seqüência do sucesso da popular padaria "Estação do Pão", situada na Avenida do CPA. "A gente começa a pensar alto, e aí resolve tentar, por que não?" - indaga. O resultado dessa tentativa surgiu imponente no requintado Moinho De Werk no Bosque da Saúde, a cerca de 300 metros da antiga 'Estação do Pão".

Anésio, de família ligada à aviação, era também um piloto profissional atuante e muito elogiado pelos colegas. Ficou conhecido em Mato Grosso por "voar bem qualquer coisa", seja aviões monomotores, bimotores, ultraleves, turboélices e até girocópteros. O lado talentoso que herdou da família para comandar aeronaves se somou à curiosidade engenheira, e foi assim que começou a melhorar o sistema de alimentação de combustível de alguns aviões não convencionais que voava, por vezes desmontando-os por completo e remontando, até parar de vez.

Com três filhos e esposa, Anesio continua simples, residindo num pequeno apartamento do Residencial Paiaguás, na Capital. Por vezes, gosta de ficar brincando de aeromodelismo com os filhos na praça do bairro, e quem o vê assim, sorrindo largo quando manuseia esses brinquedos aéreos, sequer imagina que ali esteja um grande aviador e empreendedor nato. "Deixei de ser piloto, agora sou apenas padeiro", diz Kokura, orgulhoso. Se quisesse, somente o que gastou para drenar a área onde se localiza o Moinho De Werk daria para comprar um bimotor Seneca, sonho de muitos pilotos novos e veteranos.

"Voltar a pilotar não faz parte dos meus planos. Já voei bastante, e o meu projeto hoje é isso aqui, o Moinho", afirma, ainda que sorria de leve quando um dos convidados diz que sua alma de aviador está presente nas pás do Moinho, que possuem um diodo emissor de luz interno e nas extremidades.

Na avaliação do gerente Regional do Banco do Brasil, Alucir Biasi, a inauguração do Moinho De Werk realmente representa um momento importante na história de Cuiabá, que aniversariou ontem (08-04). O projeto foi financiado pelo FCO do Banco do Brasil, que concede financiamentos a partir de R$ 2 mil a R$ 120 milhões de reais, informou Biasi. "O FCO, na realidade, foi só o suporte inicial, porque coube a ele, a Anesio, todos os méritos dessa obra. Lógico que o financiamento FCO é atrativo, com taxas baixas de juros, a exemplo de 5,75%/7,75%/ano. Aí se inclui 15% de rebate quando o financiamento é pago na data".

Pessoalmente, após os pronunciamentos do prefeito Wilson Santos e do gerente Regional do BB na Capital no Moinho De Werk, o empresário Anesio Kokura comandou à distância, via computador, todo o sistema de luzes do Moinho, 'momento mágico da solenidade', expressaram-se os convidados. As luzes se alternaram com os tambores sincronizados do Grupo Cultural da Associação Nipobrasileira de Várzea Grande, há dois anos em atividade. Segundo os coordenadores Yoshio e Mário, para se chegar ao estágio atual de precisão da arte do Taiko foi preciso muito treinamento, com professores de São Paulo e Paraná: "O Taiko é utilizado hoje em cerimônias festivas, uma de suas funções. Mas, na antiguidade, no Japão, era usado mais para demarcar territórios, ou mesmo como pelotão de frente da guerra".
Imprimir