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Notícias / Educação

Alunos de Medicina protestam por melhor ensino

Da Redação - Laura Petraglia

Os acadêmicos de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso, paralisados desde o dia 6 de junho, fizeram um manifesto na manhã desta quarta-feira (22) em frente ao Hospital Universitário Júlio Muller e logo na sequência seguiram a pé de posse de faixas, cartazes e narizes de palhaço para Avenida Rubens de Mendonça, onde expuseram sua insatisfação com a falta de estrutura do curso.

Os estudantes querem a execução correta do Projeto Político Pedagógico da Faculdade de Medicina. Eles alegam que em 2009, o modelo tradicional de ensino médico foi alterado para um sistema mais arrojado e centrado na figura do aluno. Porém, a alteração curricular não está sendo cumprida em sua totalidade acarretando prejuízo para os alunos e futuramente para a população que depende de médicos capacitados.

Dentre os problemas enfrentados estão o descumprimento da carga-horária em aulas práticas e teóricas como Saúde da Mulher III (não foi dada nenhuma aula), Clínica Médica e Cirúrgica. Outro ponto preocupante é a indeterminação de término da construção do novo hospital universitário. Juntamente com o novo método de ensino, a Universidade passou de 40 para 80 o número de vagas ao ano e o atual hospital não comporta o dobro de alunos em internato.

Os cerca de 200 acadêmicos entregaram documentos aos chefes de departamento da Faculdade de Medicina pedindo que participem das reuniões com a coordenação da faculdade e reitoria para viabilizarem a execução do curso como preconiza o plano de ensino e o projeto político pedagógico.

A paralisação envolve todos os semestres com o novo sistema de ensino. Reuniões com a direção do curso estão sendo realizadas desde a semana passada, mas sem resultados significativos. As reivindicações continuam por tempo indeterminado até que os problemas sejam solucionados. Eles avisam que não retornarão às salas de aula enquanto não houver um acordo com a instituição.
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