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Líder do PSDB quer convocar Ideli para falar de 'aloprados' no Senado

G1

Durante reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o líder do PSDB na Casa, Álvaro Dias (PR), anunciou nesta terça (28) que irá apresentar requerimento para convocar a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, para prestar esclarecimentos sobre o suposto envolvimento no escândalo dos “aloprados”. Procurada pelo G1, a assessoria da SRI disse que a ministra vai prestar esclarecimentos à imprensa nesta tarde, durante coletiva na Câmara dos Deputados.

A CAE ouve nesta terça o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, que aparece, junto com Ideli, em reportagem da revista “Veja” na qual ele é apontado como “mentor” da compra por petistas de um suposto dossiê, em 2006, contra o ex-governador de São Paulo, José Serra. Ideli é citada na reportagem como suposta responsável por divulgar as denúncias do suposto dossiê.

O líder do PSDB ainda disse que deve protocolar requerimento para convidar a ex-senadora petista Serys Slhessarenko (PT-MT), citada em gravações obtidas pela revista, a falar sobre o escândalo dos aloprados.

O senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) saiu em defesa de Mercadante e de Ideli Salvatti afirmando que não acreditava no envolvimento de ambos com o episódio dos “aloprados”.

“A ministra [Ideli] é da minha cidade, Joinville, foi minha adversária nas últimas eleições, sempre foi uma adversária leal, não acredito que ela tenha tido participação nesse nível como não acredito também que a grandeza de sua [Mercadante] obra democrática possa ter qualquer participação nem como financiador [no dossiê]”, declarou Luiz Henrique.

Mercadante
Mais cedo, o ministro da Ciência e Tecnologia classificou de “história fantasiosa” a denúncia envolvendo seu nome no episódio do escândalo dos “aloprados” e afirmou que o caso só ganhou destaque na imprensa porque o ex-governador de São Paulo Orestes Quércia faleceu no ano passado.

Quércia é citado junto com Mercadante em reportagem da revista “Veja” na qual o ministro é apontado como “mentor” da compra por petistas de um suposto dossiê, em 2006, contra o ex-governador de São Paulo, José Serra.

“Por que esse caso que volta hoje? Porque o Quércia está morto. Eu pergunto se a oposição estaria aqui querendo convocar o Quércia? Se o Quércia estivesse vivo ele estaria aqui para desmentir como desmentiu na época. É só olhar o histórico do Quércia em todos esses anos e ver de qual lado ele estava, com quem ele estava. Jamais falei com Quércia durante a campanha. Se Quércia estivesse vivo, isso [denúncia da revista] não parava de pé uma hora. O problema é que só tenho eu para falar pelo Quércia ”, argumentou Mercadante.
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