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Notícias / Informática & Tecnologia

Oi prepara megacontrato de terceirização

Valor Online

A Oi recebe segunda-feira propostas para o que está sendo chamado de megalicitação ou o contrato do ano na área de telecomunicações. As maiores empresas do setor como Ericsson, Alcatel Lucent, Nokia Siemens e Huawei cadastraram-se para entregar propostas e assumir a manutenção da rede da companhia.

Há expectativas no setor de que o valor dos contratos seja pelo menos o dobro do que a Alcatel Lucent recebe pela manutenção da rede da Brasil Telecom (BrT). Fechado em janeiro de 2008, o contrato com a empresa franco-americana seria de quase R$ 1 bilhão por ano, com validade de dois anos. O valor é uma estimativa de mercado já que a cifra oficial não é conhecida.

O contrato da Oi será de cinco anos e empresa também não divulga quanto vai pagar aos prestadores de serviço. "O mercado vai definir os valores com a entrega das propostas e aí vamos analisar", disse ontem o diretor de suprimentos da companhia, Eduardo Michalski.

Ele explicou que a Oi já tem manutenção da rede e serviços terceirizados, mas o processo hoje é pulverizado entre várias companhias. A intenção agora é que a responsabilidade passe para três ou quatro empresas no máximo. Os contratos que a Oi está buscando no mercado e o que a BrT fechou no ano passado têm semelhanças mas, ao mesmo tempo, apresentam diferenças importantes. A BrT escolheu um único fornecedor para todas as atividades. A Oi pode dividir os serviços por áreas geográficas na região dos 17 Estados em que atua. A região inclui São Paulo, os demais estados do Sudeste, todo o Nordeste e o Norte do país.

A Oi também definiu as áreas de atuação dos prestadores de serviço em duas plantas: interna e externa. A interna refere-se aos equipamentos da própria Oi; a externa abrange a rede na rua e o acesso aos clientes. "Buscamos sinergias em cada atividade. Hoje, quando a Oi vai à casa do cliente realizar um conserto na banda larga, por exemplo, vão dois técnicos. Um que cuida do par metálico e outro do serviço interno na casa do assinante", explicou Michalski.

No caso da planta interna, a empresa dividiu a região de atuação em duas áreas , uma referente ao Norte e Nordeste e outra ao Sudeste, incluindo São Paulo. Nesse caso duas empresas diferentes podem vencer a licitação para cada área, totalizando quatro prestadores do serviço. Cada empresa também pode apresentar proposta para as duas áreas de forma conjunta.

Com relação à planta externa, mais de dez empresas interessaram-se pela concorrência. Além das grandes multinacionais do setor há empresas regionais , sendo que algumas delas já prestam serviços à Oi.

Para empresas que estão preparando propostas para a licitação, a Oi está sendo muito rígida nas exigências. A operadora estabelece que todos os empregados façam parte do quadro da prestadora do serviço. Isso, no total, pode significar 15 mil pessoas trabalhando na manutenção, contratadas pelas prestadoras.

A companhia também reduziu bastante a possibilidade de subcontratações pela empresa vencedora da concorrência. Para Michalski, o que a Oi exige é que o vencedor seja o responsável por tudo que acontece na área sob sua responsabilidade.

Ele explica, entretanto, que subcontratações serão aceitas. São aquelas que não estão dentro da atividade-fim da companhia. No caso de obras civis, será naturalmente aceito que a empresa contrate uma empresa de construção civil. Outro exemplo é o de serviços de limpeza.

O diretor da Oi informou que não haverá um leilão para a escolha dos vencedores, como aconteceu na licitação da BrT. O programado é receber as propostas na segunda-feira e analisá-las cuidadosamente antes de divulgar os nomes dos vencedores.

O contrato de terceirização da BrT termina em janeiro de 2010. Ainda não foi definido pela nova Oi que modelo será adotado depois de expirado o prazo.

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