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Conheça as diferenças entre os principais problemas de visão

G1

Miopia, astigmatismo, hipermetropia... Os nomes podem parecer complicados, mas se você tiver qualquer um deles, a solução inicial é a mesma: óculos. Apesar disso, cada um tem uma causa diferente e, por isso, exige lentes diferentes.

O Bem Estar desta quinta-feira (30) recebeu os oftalmologistas Claudio Lottenberg e Rubens Belfort Mattos Junior para falar dos diversos problemas de visão. Eles falaram ainda de outros problemas que surgem com a idade, como a vista cansada e a catarata.

Para se compreender o que causa a perda de foco na visão, é preciso entender primeiro como funciona o olho. 

O cristalino não projeta a imagem exatamente na retina, surgem os problemas de visão mais conhecidos.

Na miopia, a imagem é projetada antes da retina. Por isso, o olho é capaz de enxergar com precisão objetos que estão próximos, mas não os que estão distantes. A hipermetropia é o contrário: a imagem se forma depois da retina e a pessoa não consegue ver bem o que está muito perto.

No caso do astigmatismo, a córnea tem curvaturas ou irregularidades. A imagem é formada em planos diferentes, o que distorce a visão. Para os três problemas, as soluções são óculos, lentes de contato e cirurgia – o Sistema Único de Saúde (SUS) não realiza essa operação.

Envelhecimento
A presbiopia, conhecida popularmente como “vista cansada”, já que se manifesta depois dos 40 anos, é uma alteração nos músculos que ajudam a moldar o cristalino. O processo cria dificuldades para se enxergar tanto de perto quanto de longe. Óculos e lentes de contato podem resolver o problema.

Outro problema causado pelo envelhecimento é bem mais grave e pode levar à cegueira. Na catarata, o cristalino se torna opaco e menos luz chega à retina. A catarata evolui aos poucos e pode ser revertida com uma cirurgia – nesse caso, o SUS oferece a operação.

Crianças
É importante ficar atento às crianças, pois o tratamento precisa começar bem cedo, principalmente no caso da hipermetropia. Se o problema não for corrigido logo, pode evoluir. Nunca é cedo demais para levar o filho ao médico, o exame é a forma mais eficiente de diagnosticar um problema. Fora isso, o comportamento também dá sinais de visão ruim; a criança tem dificuldades para se concentrar, por exemplo.

Outra dica que os oftalmologistas deram durante o programa foi em relação à higiene. É importante lavar os olhos, mas principalmente as pálpebras, para evitar problemas como a conjuntivite. Para isso, não há produto melhor que a água potável; não é preciso usar água boricada, que é mais cara, difícil de encontrar e pode até contaminar. Água em excesso não faz mal, pois uma gota já satura o olho e ele expulsa o resto.
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