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Dilma me pediu paciência para ouvir, diz novo líder no Congresso

G1

O novo líder no Congresso, deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), disse nesta sexta-feira (1º), após reunião com a presidente Dilma Rousseff, que a prioridade dele no cargo será "desarmar espíritos" e buscar o "entendimento". As declarações de Mendes foram dadas após convite de Dilma para que ele assumisse o cargo.

Para o deputado, atualmente "todo mundo" prefere "bofetada a estender a mão".

"[Espírito armado] É o que eu vejo em todo mundo. Todo mundo prefere a bofetada do que o estender a mão. Todo mundo parte para a agressão para se defender. A gente não se defende agredindo. A gente se defende estendendo a mão. A gente desarma o inimigo assim. Assim que temos que proceder", disse.

Segundo o deputado, a presidente pediu a ele que "trabalhe muito" e tenha paciência para ouvir a todos. "A Dilma me pediu paciência para ouvir muito e trabalhar muito."

O convite a Mendes Ribeiro já havia sido anunciado pelo líder do PMDB na Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), por meio de nota nesta sexta-feira.

"O convite ao Deputado Mendes Ribeiro, nosso 1º vice-líder da bancada, para exercer a honrosa liderança do nosso governo no Congresso, revela e reforça uma aliança partidária que veio para vencer. E para avançar! Consolidando, de forma ética e respeitosa, nossas relações institucionais e políticas", diz a nota de Henrique Eduardo Alves.

PEC 300 e Emenda 29
O deputado se mostrou contrário à votação da PEC 300, que prevê piso salaria nacional para bombeiros e policiais, e a Emenda 29, que estabelece um percentual mínimo de repasses da União para os estados aplicarem na área da saúde. "Nós não podemos colocar em votação alguma coisa para derrotar. A pior coisa é dizer: 'aprovado tal assunto' e não acontece na ponta. Precisamos fazer valer as leis. Colocar em votação para aprovar. E isso é a PEC 300 e a Emenda 29", afirmou.

Segundo Mendes Ribeiro, a Emenda 29 não resolve o problema da saúde.

"Eu acho a Emenda 29 muito ruim.[...] A saúde tem que melhorar no esforço de todos nós, na busca de mais recursos. Mas a emenda, a definição de uma coisa por outra, eu acho [que não resolve]", disse.

O deputado afirmou, contudo, que vai conversar sobre o tema com a Confederação Nacional dos Municípios e com governos estaduais.
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