O diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot, classificou como uma "tremenda injustiça" as informações publicadas na revista Veja neste final de semana, cujo conteúdo dá conta do seu afastamento do comando do órgão por determinação da presidente Dilma Rousseff em decorrência de um esquema de corrupção no Ministério dos Transportes e na autarquia federal.

“A única coisa que tenho a declarar é que a decisão é uma tremenda injustiça. Para mim é uma grande surpresa, um absurdo, e tudo será esclarecido a seu devido tempo”, declarou Pagot em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, no final da tarde deste sábado.

A reportagem da revista aponta que ele estaria envolvido em um suposto esquema de cobrança de propina. De acordo com Pagot, que é um dos mais importantes nomes da política mato-grossense com cargo no governo federal, "tudo será esclarecido em seu devido tempo". 

Conforme a revista Veja, denúncias de um suposto superfaturamento de obras e atraso nos cronogramas por parte do Ministério dos Transportes e o pagamento de propinas para alguns líderes do PR seriam os motivos pelo quais a presidente Dilma Rousseff teria determinado o afastamento de toda a cúpula do Partido da República, com exceção do ministro Alfredo Nascimento.

O PR, um dos principais aliados desde os dois governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ocupa posições de destaque na área de transportes, com Nascimento comandando o ministério, Pagot no Dnit,  além de José Francisco das Neves, o ‘Juquinha’, presidindo a Valec (que cuida da construção e manutenção da malha ferroviária do país).

Para Mato Grosso, tanto o afastamento de Pagot e Juquinha, representam um revés político muito forte e caem como uma 'bomba' para as pretensões do eEstado em relação à ampliação de suas - ainda frágeis - infraestruturas de transporte rodoviário, ferroviário e hidroviário.

Mais informações em instantes/Primeira atualização às 22h13