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Notícias / Economia

Japão busca estímulo econômico em HQs e cultura pop

Reuters

O primeiro-ministro do Japão e fã de mangás, Taro Aso, sempre alardeou a importância de conteúdos "soft power" como as histórias em quadrinhos e animes para fortalecer o status diplomático global do seu país.

Agora ele está de olho também no potencial econômico da cultura pop. Um gigantesco pacote de estímulo econômico que ele divulgou nesta sexta-feira estipula como meta aumentar as vendas de "conteúdo" para o exterior dos atuais 2 por cento para 18 por cento do total das exportações.

O pacote é o maior da história do Japão. O objetivo é tirar o país da sua pior recessão em 60 anos.

Ao explicar sua estratégia de crescimento em longo prazo, numa entrevista coletiva na véspera, Aso brandiu revistas da China e de Taiwan que mostravam astros pop japoneses nas suas capas.

"O conteúdo japonês, como os animes e os videogames, e a moda chamam a atenção de consumidores no mundo inteiro", afirmou. "Infelizmente, esse 'soft power' não está sendo vinculado a negócios no exterior. (Com o projeto) quero criar um mercado de 20 - 30 trilhões de ienes (R$ 430 – 650 bilhões) até 2020, e criar 500 mil empregos.

Pelo menos um órgão público já está atento ao uso de verbas do pacote em um projeto cultural. A Agência de Assuntos Culturais quer quase 12 bilhões de ienes para construir um "Centro Nacional Abrangente para a Arte da Mídia", que exibiria itens culturais japoneses contemporâneos, como mangás, animes e videogames, segundo o jornal Asahi
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