A greve da educação teve seu fim decretado após trinta dias de paralisação, na tarde desta segunda-feira (4) após assembléia dos trabalhadores no colégio Presidente Médici, em Cuiabá. A decisão vem em ao encontro a proposta feita pelo governador Silval Barbosa (PMDB) de reajuste salarial em R$ 1.312,00, além da convocação dos concursados ainda no mês de agosto.

A presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) informou ao Olhar Direto que com a decisão, os educadores devem voltar às salas de aula já nesta terça-feira (5). “Acabamos de terminar a assembléia e decidimos suspender o movimento”, afirmou em entrevista.

O movimento iniciado em Cuiabá chegou a ter 90% de adesão dos trabalhadores de todo o estado, em apoio a melhores salários e convocação de novos nomes para os cargos públicos. Por várias vezes, a classe se reuniu na luta para resistir às pressões do governo, que insistia em não conceder uma nova proposta e chegou a acionar a justiça para suspensão da greve.

Até mesmo o presidente da Assembléia Legislativa (AL) tentou mediar à situação entre governo e a classe, mas por um bom tempo fracassou na intenção. A relação ficou em crise e Silval chegou a ser apontado como 'algoz' da educação, além de 'apulanhar a classe pelas costas'.

Porém, por enquanto, o conflito chega ao fim. Ao menos até agosto, quando as primeiras promessas devem ser cumpridas.