Imprimir

Notícias / Brasil

Ex-secretário do DF é condenado a devolver dinheiro público

G1

A juíza Gislaine Carneiro Campos Reis, da 6ª Vara de Fazenda Pública do DF, decidiu no dia 29 de junho que o ex-secretário de Trabalho Wigberto Ferreira Tartuce, conhecido como Vigão, e a Cooperativa de Educadores (Copede) devem devolver R$ 648.960 aos cofres públicos, valor que, com juros de mora de 1% ao mês, deve ultrapassar os R$ 2 milhões. O julgamento foi em primeira instância e os réus podem recorrer da decisão.

Vigão é alvo de uma ação popular movida por deputados distritais do PT em 2001. A acusação é que, em 1999, ele teria autorizado, como secretário de Trabalho do DF, o uso de dinheiro do Ministério do Trabalho para cursos que não teriam sido realizados.

Por telefone, o ex-distrital afirmou ao G1 que vai recorrer da decisão e tem documentos que comprovam sua inocência. Para ele, a responsabilidade pela seleção da cooperativa é do Ministério do Trabalho. “Posso ter sido incompetente administrativamente, mas não fiquei com o dinheiro”, declarou o ex-secretário.

O G1 entrou em contato com o Ministério do Trabalho e aguarda retorno sobre as declarações de Wigberto Tartuce sobre a escolha da cooperativa.

De acordo com a acusação, o Ministério do Trabalho teria repassado ao governo do Distrito Federal a quantia de R$ 24,5 milhões referente a parcela do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Com o recurso, a Secretaria de Trabalho deveria, então, ter oferecido cursos de qualificação a trabalhadores subempregados ou desempregados.

A Cooperativa de Educadores, segunda ré no processo, é envolvida na denúncia por ter recebido R$ 648 mil para qualificar 300 mil trabalhadores sem apresentar contraprestação efetiva pelo serviço. A Copede não foi localizada pelo G1 para falar sobre o assunto.
Imprimir