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Após apagão, Eletropaulo anuncia medidas para melhorar serviço

G1

Depois da avalanche de críticas e reclamações, inclusive do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a direção da AES Eletropaulo anunciou nesta terça-feira (5) investimentos para melhorar a qualidade do serviço na Grande São Paulo. De acordo com o presidente da concessionária responsável pelo abastecimento de luz, Britaldo Soares, as medidas já estavam sendo implantadas, mas houve uma aceleração no processo devido ao caos provocado com o apagão em diversas regiões após um temporal no dia 7 de junho.

“Foi o maior evento que tivemos. O episódio do dia 7 trouxe algumas lições”, afirmou Soares, em uma entrevista coletiva no prédio da empresa, na Vila Olímpia, Zona Sul da cidade. Ele disse que , nos próximos dois anos, a Eletropaulo vai investir R$ 120 milhões na ampliação do serviço de atendimento aos clientes, na contratação de eletricistas para fazer o conserto e a manutenção dos equipamentos e em tecnologia.

Até novembro de 2011, o atendimento eletrônico, chamado Unidade de Resposta Automática (URA), deve ser ampliado 27 vezes, passando de 2 mil para 54 mil chamadas por hora. Nesse serviço, o cliente não fala com nenhum atendente, fazendo sua solicitação por meio de uma gravação. Soares também contou que a empresa vai expandir o call center com a contratação de 150 pessoas além das 400 que já exercem essa função. Haverá ainda uma equipe de prontidão “para ser acionada em dias de crise”, como informou o presidente da Eletropaulo.

Em dias normais, a concessionária recebe por dia, em média, entre 1.000 e 2.000 mensagens via celular (SMS) de pessoas reclamando de falta de luz. Segundo Soares, esse canal de contato com o cliente será melhorado. “No dia 07 (de junho), tivemos 108 mil mensagens. Foi uma sobrecarga. Agora, estamos aumentando a capacidade de SMS para 100 mil por dia.”

Quando houve o temporal a que o presidente da Eletropaulo se referiu, as rajadas de vento derrubaram, segundo ele, pelo menos 260 árvores. Esse foi um dos principais motivos do apagão, pois a fiação foi danificada com a queda dos troncos e galhos. Soares estimou que cerca de 600 pessoas foram prejudicadas com o apagão. Na ocasião, o governador Geraldo Alckmin declarou que a Eletropaulo “não tinha condições mínimas” de atender seus clientes e cobrou providências.

Áreas arborizadas
O diretor executivo de Operações, Sidney Simonaggio, contou que faz parte dos planos da empresa melhorar o atendimento na Grande São Paulo, onde houve trechos que ficaram sem luz por dois dias. “Muitas de nossas obras estão sendo feitas nessas regiões que são densamente arborizadas. A (quantidade de )queda de árvore é muito grande. Não há rede elétrica que agüente”, afirmou Simonaggio.

Para manutenção, restabelecimento de luz e poda de árvores, a concessionária anunciou na coletiva a contratação de 580 eletricistas que vão se juntar aos 4.065 já empregados.
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