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Notícias / Informática & Tecnologia

Pesquisadora atribui baixo número de pedidos de patentes à falta de investimentos

ABr

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) identificou um total de 221 depositantes para os 503 pedidos de patentes de células a combustível apresentados no órgão entre 1996 e 2005. Apenas 14 depositantes são brasileiros. A maior parte dos depositantes é de origem norte-americana e alemã.

As células a combustível são células de hidrogênio que geram energia e vêm ganhando espaço nos últimos anos entre as fontes alternativas de energia pesquisadas no mundo.


O estudo feito pelo Inpi, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), mostra também que em relação ao total de 14 depositantes brasileiros, a maioria (43%) é formada por empresas privadas, seguidas das empresas públicas (21%).

A pesquisadora Sabrina da Silva Santos, co-responsável pelo estudo, enfatizou que o número de pedidos de patentes de célula a combustível efetuados no Brasil ainda é bem reduzido em relação aos 21.444 pedidos depositados em todo o mundo entre 2001 a 2005, de acordo com relatório da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi), divulgado no ano passado.

Isso decorre do fato de haver mais pesquisas e, principalmente, mais investimentos naqueles países, salientou a pesquisadora. ”Embora o número de depósitos efetuados por depositantes brasileiros tenha aumentado também nessa última década, esse número ainda é pequeno quando comparado com os depósitos feitos pelas empresas e instituições estrangeiras”.

O Japão lidera o ranking mundial de pedidos de patentes de células a combustível, com 12.839 depósitos, equivalentes a 59,9% do total, enquanto o Brasil apresentou apenas 21 entre 1999 e 2005.

Segundo Sabrina, é preciso haver mais atenção e investimentos nesse setor no país. “O Brasil tem condições para se tornar um líder nesse segmento”.
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