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Nova edição será termômetro da crise; situação de ministro é delicada

De Brasília - Marcos Coutinho

A situação política do ministro Alfredo Nascimento (Transportes) passou a ser insustentável nas últimas horas diante das denúncias envolvendo seus familiares, especialmente seu filho, Gustavo Morais Pereira, cuja fortuna está estimada em R$ 50 milhões.

Além disso, a revista Veja da próxima edição promete trazer novas denúncias mais bombásticas do que foi veiculado na do último final de semana, segundo apurou a reportagem do Olhar Direto nos bastidores do Congresso na Câmara.

Por essas razões já há parlamentares do PR, sigla presidida por Nascimento, que defendem sua saída imediata para evitar “seu sangramento político”.

“Estão entrando na vida pessoal dele já, o que é inadmissível, mas o jogo sujo é esse. Acho melhor ele se afastar e vir se defender no Senado” afirmou um parlamentar republicano ouvido há pouco pela reportagem do Olhar Direto.

O ministro vem enfrentando séria crise política desde que a revista divulgou denúncias de um suposto esquema de superfaturamento, que resultou no afastamento imediato de dois dos seus principais assessores e, por tabela, do diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, bem como o presidente da estatal Valec, José Francisco, o Juquinha.

De acordo com a reportagem publicada pela Veja, representantes do PR, partido que comanda os Transportes, funcionários do Ministério e das autarquias (Dnit e Valec) teriam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina por empreiteiras.

Esses órgãos supostamente cobravam um "pedágio político" de 4% sobre o valor das faturas recebidas. Em troca, garantiam o sucesso desses fornecedores nas licitações, permitiam superfaturamento de preços e deixavam correr soltos os aditamentos, que resultavam na elevação do valor das obras.

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