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Delegado suspeito de dirigir bêbado em MG pode ter a carteira suspensa

G1

O delegado suspeito de dirigir embriagado que se envolveu em um acidente envolvendo seis veículos em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, na noite desta terça-feira (5), pode responder por lesão corporal e perder a carteira de habilitação por um ano. De acordo com a Polícia Civil, após o acidente, o delegado Robson de Souza Paes se negou a passar pelo teste do bafômetro. Segundo o relato de testemunhas à polícia, o delegado passou acelerando no quebra-molas e, em seguida, perdeu o controle da direção e bateu nos outros carros. “Ele tentou diversas vezes sair do veículo e saiu do veículo cambaleando”, disse um dos motoristas que teve o carro atingido.

Imagens registradas por um cinegrafista amador mostram o delegado depois do acidente, ainda dentro do carro, que é uma viatura descaracterizada da Polícia Civil. Assim que um policial militar se aproxima, ele sai do carro e se apóia na porta. Um dos militares estende o braço para ele. Minutos antes das imagens, o delegado havia batido em cinco veículos e derrubado um policial militar que estava de moto e sofreu ferimentos leves. Ainda segundo a polícia, o delegado escapou de um processo criminal por dirigir embriagado porque se recusou a passar pelo teste do bafômetro. Ele pode responder por lesão corporal se o policial militar que ficou ferido no acidente registrar uma queixa na delegacia.

A carteira de habilitação do delegado foi retida no Departamento de Trânsito (Detran), que abriu um processo administrativo contra o delegado que deve ser concluído em até 90 dias. Ainda segundo a polícia, ele deve pagar multa de R$ 957,70 por embriaguez ao volante.

Ele tem direito a receber o documento até que o processo seja julgado. O delegado pode ter a habilitação suspensa e ficar um ano sem dirigir. A decisão depende de um exame do Instituto Médico Legal (IML). “O exame no IML é feito por um médico legista, que usa critérios médicos de avaliação, de constatação de um efeito de álcool, seja pela conduta dele, pela conversa, ou sinais aparentes, visíveis, que levem o medico legista, dentro dos critérios da medicina, a constatar, a se sentir convencido de que ele estava sob efeito de álcool ou outra substância”, diz o delegado do Detran Ramon Sandoli.

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