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Partido governante do Sudão rejeita Executivo interino

EFE

O grupo político governante do Sudão, o Partido do Congresso Nacional (PCN), rejeitou hoje uma proposta da oposição para formar um Governo provisório, a fim de sair da crise política vivida no país.

Em declarações aos jornalistas, o responsável político do PCN, Mandoor al-Mahdi, disse que o pedido feito por Hassan al-Turabi, líder do Partido do Congresso Popular (PCP), é "uma marcha à ré para o processo de paz assinado com o sul do país em janeiro de 2005", que colocou fim a 21 anos de conflito.

Esses acordos levaram à formação de um Governo de coalizão e o líder máximo do grupo rebelde do sul do país, Salva Kiir, se transformou em primeiro vice-presidente do Sudão.

Este acordo de paz encarregou o novo Gabinete de preparar o país para as próximas eleições, missão, que, segundo Mahdi, será prejudicada com a formação de um novo Governo de coalizão.


Turabi propôs ontem a formação de um Governo interino para preparar a realização de eleições presidenciais e legislativas, programadas para fevereiro do ano que vem.

No entanto, Mahdi opinou hoje que não existe "uma causa lógica para criar um Governo interino neste momento", e considerou que a proposta de Turabi poderia gerar discórdias.

Em meio a essa crise interna, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu em 4 de março uma ordem de detenção contra o presidente sudanês, Omar al-Bashir, acusado de crimes de guerra e de lesa-humanidade em Darfur.
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