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Notícias / Cidades

Obra de R$ 600 mil parada há 6 meses é tomada por drogados

De Rondonópolis - Débora Siqueira

Concluído desde dezembro do ano passado, o Centro Integrado à Saúde da Mulher, construído na Vila Operária, periferia de Rondonópolis, não foi inaugurado até hoje por falta de equipamentos. Há pelo menos seis meses abandonado, o prédio tem servido como ponto de uso de drogas por falta de vigilância no local.

O prédio foi construído ainda na gestão do ex-prefeito Adilton Sachetti com emendas da então deputada federal Teté Bezerra, num custo total de R$ 600 mil. A obra foi concluída com Zé Carlos do Pátio (PMDB) à frente da prefeitura. Mas conforme o secretário municipal de Saúde, Valdecir Feltrin, são necessários R$ 600 mil para equipar a unidade.

“É necessário comprar mamógrafos, aparelhos de ultrassom, entre outros equipamentos e já fizemos a solicitação ao Ministério da Saúde e até agora nada. Deputados estaduais da região Sul se comprometerem em destinar parte das emendas individuais deles para equipar a Clínica da Mulher a instalar a UTI Pediátrica em Rondonópolis”, informou Feltrin. Os deputados estaduais com base eleitoral na região Sul são Percival Muniz (PPS), Jota Barreto (PR), Sebastião Rezende (PR) e Nininho (PR).

O secretário anunciou que mesmo sem funcionar 100% do que poderia e deveria, a unidade deve ser inaugurada no final do mês com equipamentos que o município já dispõe. Enquanto os recursos não vêm, a Clínica da Mulher vai atender com a capacidade que pode.

O intrigante é que a obra foi retomada na quarta-feira da semana passada, um dia após um grupo de mulheres irem a Câmara Municipal cobrar a inauguração da unidade de saúde. Hoje pela manhã, o grupo feminino, encabeçado pelo Conselho Municipal da Mulher e Conselho Distrital da Vila Operária (Condivo), realizou protesto em frente a Clinica.

Um funcionário da Secretaria Municipal de Saúde destratou as manifestantes xingando-as. “Somos um órgão fiscalizador, não é uma ação política, é uma obrigação nossa cobrar o funcionamento. Muitas mulheres esperar 3, 4 meses o resultado de exames nas unidades de saúde congestionadas de tantos pacientes. Queremos a nossa Clínica da Mulher”, respondeu Sandra Raquel Mendes, presidente do Conselho Municipal da Mulher.
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