O Brasil tem capacidade de atingir 10%, em volume, do percentual mínimo obrigatório de adição de biodiesel ao óleo diesel comercializado ao consumidor final em qualquer parte do território nacional. A avaliação é do senador Blairo Maggi (PR-MT), que participou da audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado nesta quinta-feira (14).

Nos últimos dois anos, a produção cresceu em consequência da obrigatoriedade das misturas do diesel com os óleos vegetais. A partir de 2010, tornou-se obrigatório, em todo território nacional, o uso de biodiesel com adição de 5% de óleos vegetais ou gordura animal (sebo de frango e boi).

De acordo com Blairo, o país já atingiu a meta de cinco pontos percentuais fixada na lei. "Já atingimos a meta de 5% da capacidade e temos capacidade de produzir mais", enfatizou.

Maggi também questionou os representantes do governo pela falta de vontade política para o país atingir o patamar de 10%. "É por meio deste debate que podemos provocar o governo, mesmo quem é do governo", pontou.

O biodiesel foi introduzido na matriz energética brasileira em 2005, com a criação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB). O programa foi criado para consolidar a produção voltada a esse tipo de energia alternativa, mas também para promover a inclusão social, estimular e gerar renda no campo.

Para o senador, o programa de biocombustível é um forte componente de renda nacional, inclusive na manutenção dos preços dos produtos oleagenosos pelo mundo inteiro. "Nos temos que olhar para geração da economia no campo e da questão ambiental que ajudam os produtores", ressalta.

Ainda segundo o republicano, o debate envolvendo o biodiesel é de grande importância para macro economia brasileira. "Se não for a presença da agricultura e da pecuária a nossa balança comercial seria muito diferente", finaliza.