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'Quem está sob fogo amigo sabe de quem vem', diz Silval sobre Pagot

De Brasília - Vinícius Tavares

O governador Silval Barbosa (PMDB) confirma as suspeitas de que o diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, foi vítima do 'fogo amigo’ ao ter sido envolvido nas denúncias de um esquema de distruibuição de propinas no Ministério dos Transportes.

Questionado pela reportagem do Olhar Direto, em Brasília, sobre de onde teriam partido as acusações de que Pagot particparia do esquema de cobrança de propinas de empresas para depois repassar aos parlamentares do PR, fraudava licitações e promovia o sobrepreço nos empreendimentos contratados pelo Dnit, Silval preferiu manter suspense.

“Quem está sob o fogo amigo sabe de onde partiu o fogo amigo”, limitou-se a declarar Silval após audiência no Ministério das Cidades. Contudo, o chefe do executivo estadual prometeu "conversar" com líderes aliados em Mato Grosso. 

“Retornei recentemente da Rússia e conversarei com o Pagot e com o (senador) Blairo para ajudar no que puder”, disse o governador ao ser questionado sobre como iria se posicionar e/ou fazer uma eventual intermediação com a presidente Dilma Rousseff no sentido de buscar uma solução para a crise.

Para Silval, até o momento, Pagot tem demonstrado firmeza, lealdade com o governo federal e conhecimento de causa em torno do processo licitatório em seus depoimentos. Porém, até quinta-feira, Silval ainda não havia entrado em contato com Pagot para avaliar a crise.

A manifestação do governador Silval Barbosa foi a primeira desde que eclodiu a crise na cúpula do Partido da República (PR) e no Ministério dos Transportes. A bomba estourou justamente quando o governador de Mato Grosso estava em missão oficial na Rússia.

O silêncio de Silval talvez por tenha dado a impressão de que Luiz Antonio Pagot tenha ficado desamparado pela cúpula do Palácio Paiaguás. Tanto é que poucas foram as manifestações em seu apoio. Mesmo assim, ainda resta esta incerteza sobre o posicionamento do governador.

Em nível parlementar, o socorro inicial do deputado Homero Pereira (PR) e do senador Blairo Maggi (PR), que foram os únicos a declarar mais abertamente o apoio incondicional a Pagot. O deputado federal Wellington Fagundes externou apoio na audiência ocorrida na Câmara dos Deputados.

As audiências públicas ocorreram no Senado e na Câmara, ocasiões em que Pagot teve que se explicar.


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