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Governo monitora EUA; Brasil não é 'impermeável', diz Ideli

G1

O Brasil não é'impermeável' às turbulências externas e, por isso, está atento aos desdobramentos da crise internacional e das negociações sobre o pagamento da dívida norte-americana, afirmou nesta segunda-feira a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, em entrevista em Florianópolis (SC).

Ideli afirmou, por outro lado, que a economia brasileira está bem fundamentada, forte e protegida contra influências externas, mas ressaltou que é preciso monitorar a situação.

'Não somos impermeáveis. Há uma permanente vigília da equipe econômica para tomar as medidas necessárias', afirmou a ministra.

'Temos de estar bastante preocupados, porque a crise na Europa e nos Estados Unidos poderá ser ainda mais séria. Temos que monitorar sempre', acrescentou.

A ministra lembrou que a China, por ser o principal credor dos norte-americanos, também trouxe esta preocupação recentemente.

Os Estados Unidos precisam chegar a um acordo para elevar o teto da dívida e evitar um possível default. O Congresso norte-americano tem prazo até 2 de agosto para permitir o aumento do limite de financiamentos do país, atualmente em 14,3 trilhões de dólares, para liberar o Tesouro a captar mais recursos e manter o governo solvente.

MEDIDAS TRIBUTÁRIAS

Ideli, que convocou jornalistas para fazer um balanço dos primeiros seis meses de governo, lembrou que a chamada reforma tributária fatiada está sendo formulada e deverá ser finalizada e encaminhada ao Congresso Nacional neste semestre. A ministra citou ainda alguns pontos importantes da reforma.

O primeiro é o fim da redução ou isenção de ICMS, medida que levaria ao fim da guerra fiscal. Além disso, o governo trabalha para criar uma alíquota única, chamada de ICMS interestadual.

'Também iremos criar dois fundos de compensação para quem for prejudicado com a reforma. O fundo de compensação do ICMS e o fundo de desenvolvimento regional', disse.

Além disso, a ministra afirmou que o governo estrutura uma desoneração na folha salarial. Sem entrar em detalhes, disse apenas que há uma forte ideia de reduzir o INSS (do patronato), podendo cair para 16 por cento.
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