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Mais três se demitem dos Transportes; limpeza no ministério chega a 15 em 18 dias

De Brasília - VT

Dando continuidade ao processo de limpeza no Ministério dos Transportes, o governo exonerou nesta quarta-feira (20/7) mais três servidores do setor. Eduardo Lopes, afilhado do deputado e secretário-geral do PR, Valdemar Costa Neto (SP), deixou o ministério, além de Cleilson Queiroz e Pedro Ivan Guimarães Rogedo, que saíram da Valec (estatal de ferrovias).

As exonerações constam do Diário Oficial da União de hoje e foram publicadas "a pedido", expressão utilizada para informar que estão saindo por iniciativa própria e não que foram demitidos.

Ao todo, já somam 15 as demissões por causa das denúncias de superfaturamento e pagamento de propina envolvendo o ministério, a Valec, responsável pelas ferrovias, e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Ontem, foram seis demitidoss, sendo cinco ligados ao PR e um ao PT.

De acordo com a assessoria do do ministério, as demissões fazem parte do processo de reestruturação do setor, que enfrenta uma crise por conta das denúncias de corrupção há 18 dias.

As acusações que provocaram a renúncia de Alfredo Nascimento vieram à tona no dia 2 de julho, quando a revista "Veja" revelou um suposto esquema de cobrança de propinas em obras federais da pasta. O diretor-geral do Dnit, Luiz Antonio Pagot, e o diretor-presidente da Valec, José Francisco das Neves, também são citados.

Segundo a revista, o esquema seria coordenado por Valdemar, e renderia ao partido até 5% do valor dos contratos firmados pela pasta e sob a gestão do Dnit e da Valec.

Na ocasião, a presidente Dilma Rousseff determinou o afastamento dos dois assessores e dos dois diretores citados na reportagem. Nascimento caiu no dia 6, quando reportagem do jornal "O Globo" revelou que o patrimônio do filho do ministro, Gustavo Morais Pereira, cresceu 86.500% em dois anos.

Ao pedir demissão, ele afirmou que encaminharia à PGR (Procuradoria-Geral da República) pedido de abertura de investigação e que autorizaria a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal. Paulo Sérgio Passos, até então secretário-executivo da pasta, assumiu o posto. (Com informações da Folha online). 

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