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Transpetro exige contrato para realocar dutos em estádio de SP

G1

A Transpetro, braço de transportes da Petrobras, disse nesta quinta-feira que só vai autorizar a realocação dos dutos que passam sob o terreno onde será construído o estádio do Corinthians após a assinatura de contrato que determine que os custos estimados em 30 milhões de reais sejam assumidos pelo clube.

'A companhia informa que já obteve todas as licenças necessárias para viabilizar o reposicionamento dos dutos e aguarda uma definição dos empreendedores do estádio a respeito do investimento necessário para as obras, que não será feito pela Transpetro', informou em nota a empresa.

O valor para as obras de remoção e reposicionamento das tubulações está orçado inicialmente em 30 milhões de reais.

A decisão da Transpetro de aceitar realocar seus dutos sob a condição da assinatura de um contrato atende à recomendação feita pelo Ministério Público Federal em São Paulo.

'O valor efetivo destes custos só poderá ser especificado quando a Transpetro e os empreendedores firmarem o instrumento jurídico que irá regular a remoção e realocação dos dutos', disse a gerente geral do departamento jurídico da Transpetro, Maria Carolina Gomes Pereira Vilas Boas, em comunicado divulgado pela MPF.

O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, afirmou na quarta-feira que o valor referente à realocação dos dutos está inserido no orçamento da obra, de 820 milhões de reais. 'Está incluído, podem ficar despreocupados', disse.

A Odebrecht, empresa responsável pelas obras, informou que a questão dos dutos é entre o Corinthians e a Petrobras e que vai fazer o que a estatal pedir para ajudar na realocação.

As obras no estádio, candidato a receber o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014, começaram em 30 de maio e a vegetação já foi removida para fazer a realocação das tubulações. O próximo passo é cavar valas para colocar os novos dutos.

Os 820 milhões de reais estipulados para a obra são para a construção do estádio com capacidade para 48 mil torcedores, conforme o projeto inicial do Corinthians. Para se chegar ao mínimo de 65 mil lugares exigidos pela Fifa para o jogo de abertura do Mundial, o governo de São Paulo deve investir até 70 milhões de reais para a instalação de 20 mil lugares temporários, que serão retirados após o Mundial.
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