Quatro diretores da Vale deixaram a mineradora na semana passada. Segundo fontes, a saída dos executivos teve como pano de fundo o enxugamento da estrutura administrativa para adequação à nova realidade econômica mundial. Dos quatro, apenas um ocupava uma diretoria executiva: Demian Fiocca, que ingressou na empresa em 2007, depois de deixar a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os outros três fazem parte do segundo escalão hierárquico.

As funções de Fiocca, que ocupava a diretoria de Gestão e Sustentabilidade, serão distribuídas para outros diretores executivos, e o primeiro escalão da Vale passa a contar com apenas seis executivos. A redistribuição de áreas e a junção de departamentos irá acarretar novas demissões na empresa, especialmente de cargos gerenciais. Mas os cortes não serão tão traumáticos como as 1,3 mil dispensas feitas em outubro do ano passado, logo após o agravamento da crise financeira internacional, que reduziu de forma drástica a demanda global por minério de ferro e metais.

Segundo fontes, Fiocca, que também já ocupou a chefia da assessoria econômica do Ministério do Planejamento, na gestão de Guido Mantega, deve voltar ao governo. Também deixaram a mineradora os diretores de Meio Ambiente, Walter Cover; de Comunicação, Olinta Cardoso; e de Recursos Humanos, Marco Dalpozzo. A intenção é que esses cargos passem a ser acumulados por outros funcionários da empresa, reduzindo custos. A direção da Vale não comentou o assunto. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.