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Notícias / Economia

Repasse de 1 bi para municípios é jogada de marketing, diz Eder

Da Redação/Alline Marques

O secretário de Fazenda, Eder Moraes, acredita que a Medida Provisória anunciada pelo governo Federal que prevê o repasse de até R$ 1 bilhão de para socorrer os municípios como uma jogada de marketing, isso porque o valor é irrisório diante da queda de mais de 20% neste primeiro trimestre no que diz respeito ao repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

“Parece coisa de outro mundo, mas não é. Essa crifra para o governo Federal não significa nada. Parece-me que é mais uma jogada de marketing, é mais uma questão psicológica e que não vai sair tão fácil do papel. (...) Com isso o governo ocupa a mente das pessoas com o dia a dia e poderá receber mais recursos e investir um pouco mais”, declarou em entrevista ao programa Chamada Geral, na Rádio Mega 95.9.

Em janeiro, a redução no FPM foi de 1%, em fevereiro 5% e em março 15%, por isso, o governo Federal anunciou a medida, no entanto, para Eder esta não é a solução e ele voltou a defender a tese de reestruturação da dívida. “Não é possível suportar uma carga de juros de 17% a 18% ao ano, enquanto nós temos taxas comerciais no balcão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de 9% ao ano”, informou.

Eder Moraes informou também que houve uma queda de 11% no repasse do Fundo de Participação do Estado, porém há uma indicação por parte do governo Federal em anunciar um complemento para os Estados, a exemplo do que deve ser feito com os municípios. Porém, o secretário alerta que a ação não é suficiente.

No entanto, o repasse feito aos municípios mato-grossense referente ao Índice de Participação dos Municípios (IPM) se manteve estável. “Estamos conseguindo manter a estabilidade da receita estadual, ou seja, a receita total, oriunda de repasses do governo Federal e dos impostos próprios do governo do Estado, está numa curva de estabilidade”, afirmou.

Eder Moraes também aproveita para fazer um alerta aos municípios para apertarem os cintos. Segundo ele, desde o ano passado o Estado tem alertados os prefeitos sobre a crise e avisa que Mato Grosso não fará repasse para o custeio da máquina pública. Porém, garante que os investimentos continuarão sendo realizado conforme o prometido em 2008.
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