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Test-drive: BMW X5 M é um monstro de potência e desempenho

R7

A BMW sempre foi reconhecida pelos sedãs e cupês esportivos poderosos. Mas, atualmente, são os utilitário X5 e X6 na versão M – a divisão esportiva da marca – os modelos mais potentes da fabricante alemã. Os SUVs de 562 cv são um retrato dos novos tempos, em que as marcas premium abrem mão de certas tradições em benefício das vendas.

Mesmo que alguns puristas tenham torcido o nariz, o fato é que esses carrões seduzem os que têm contas bancárias realmente poderosas. E é mesmo preciso. Esses bólidos unem tecnologia, potência e requinte suficientes para povoar o imaginário coletivo e se tornar objetos de desejos. Por isso mesmo, são caríssimos. O X5 M custa no Brasil exatos R$ 448 mil – preço de um bom apartamento em qualquer cidade brasileira.

O design do BMW X5 M está longe de ter a aparência clássica dos superesportivos de outrora, quando os carros que devoravam o asfalto eram cupês, roadsters e muscle cars. Mesmo assim, o grandalhão apresenta números de desempenho impressionantes. O X5 M cumpre o zero a 100 km/h em 4,7 segundos e só se limita à máxima de 250 km/h por um controle eletrônico.

O responsável por dar ao utilitário a performance de esportivo é o motor V8 4.4 de 562 cv e 69,3 kgfm de torque, entregues em sua totalidade a partir das 1.500 até as 5.650 rotações. A transmissão é automática de seis velocidades e as marchas podem ser trocadas tanto por meio de borboletas atrás do volante quanto na alavanca de câmbio no console central – que mais parece um joystick.



BMW X5 M lado

Repare nos para-choques "musculosos" e nas rodas de 20 polegadas do modelo preparado (Divulgação)

Visualmente, a versão M do X5 traz singulares para-choques extremamente musculosos, com entradas de ar gigantes na parte inferior, e rodas de 20 polegadas. Fora isso, o carro é o mesmo X5 "civil" desenhado pelo controverso designer Chris Bangle, com vários pequenos detalhes que o diferenciam do modelo normal de série. Caso dos repetidores laterais, mais longos, e das barras no teto, coladas à carroceria.

São pequenas alterações que ampliam a imagem de ferocidade do modelo. A tradicional grade dianteira bipartida está lá, mas, no lugar de ser prateada, tem aletas pretas com molduras cromadas. De perfil, a moldura no contorno das rodas, e os frisos nas laterais e na base entre os eixos ganham pintura na cor do veículo – normalmente são pretas, sem pintura. O mesmo acontece com os para-choques, que na versão normal têm a parte inferior em preto, cruas. Na traseira o destaque vai para as duas saídas duplas de escapamento – no lugar das duas simples na versão comum.

No interior, todo o requinte e a sobriedade típicos dos BMW. O revestimento é de couro exclusivo da divisão M e há detalhes em aço escovado por várias partes do painel. Outras exclusividades do modelo são volante, assentos e pedaleiras. O teto solar elétrico – opcional – também chama a atenção. Na parte de conforto, estão equipamento óbvios para carros premium, como ar-condicionado automático dual zone, direção hidráulica, trio elétrico, computador de bordo, bancos dianteiros com regulagem elétrica, retrovisor eletrocrômico e volante multifuncional, entre outros.

A lista de equipamentos de segurança também é farta. O BMW X5 M oferece controles eletrônicos de estabilidade, frenagem em curva e de tração, airbags frontais, laterais e de cortina, freios com ABS e EBD, apoios de cabeça ativos, faróis bixenon e retrovisores interno e externo esquerdo eletrocrômicos. O espaço é generoso, como na maioria dos SUVs. São 4,85 m de comprimento com 1,99 m de largura, 1,76 m de altura e 2,93 de entre-eixos.

Na mira, poucos concorrentes peso pesados, como Mercedes-Benz ML63 AMG e Porsche Cayenne Turbo S. Afinal, não é para qualquer fabricante transformar "tanques" de mais de duas toneladas em superesportivos requintados. Esses modelos, em qualquer lugar do mundo, funcionam como atestado das capacidades tecnológicas da marca. Por isso mesmo, sem maiores preocupações com o volume de vendas. E nem poderiam, com um preço que ronda os R$ 500 mil, sem opcionais. Por outro lado, isso garante um nível altíssimo de exclusividade. Este ano, a média de comercialização tem sido de um X5 M por mês.
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