Os 12 jurados da Corte Federal de Miami não chegaram a uma conclusão sobre o caso de Hélio Castroneves. Depois de deliberarem durante toda esta terça-feira, o júri ainda questionou alguns pontos do processo e disse que os documentos apresentados são difíceis de analisar. Por isso, a discussão sobre o futuro do piloto será retomada nesta quarta.

Na última sexta-feira, os jurados começaram a deliberar sobre as acusações de fraude e sonegação do brasileiro nos EUA. Na ocasião, o júri, composto por sete mulheres e cinco homens, pediu explicações mais leigas sobre o assunto. Na segunda-feira, quando tive acesso aos documentos e relatórios escritos de forma menos técnica, solicitou a transcrição de dois depoimentos. A defesa de Castroneves se opôs, mas o juiz liberou. Também foi requerida pelo júri a análise de uma lista de provas apresentadas e aceitas durante o julgamento.

Hélio Castroneves, bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis, é indiciado por sonegar US$ 2,3 milhões (mais de R$ 5 milhões) da receita fiscal americana, entre 1999 e 2004. Ele também é acusado de fraudar US$ 5,5 milhões (mais de R$ 11 milhões) do governo dos EUA, além de outros seis crimes fiscais.

Caso seja considerado culpado, o piloto da Fórmula Indy pode pegar até 35 anos de prisão. Sua irmã, Katiucia, e seu ex-advogado Alan Miller são apontados como cúmplices do brasileiro. Segundo as agências internacionais, Castroneves insiste que é inocente.

O brasileiro ganhou fama nos EUA por comemorar suas vitórias escalando as grades dos autódromos, o que lhe rendeu o apelido de Spider-Man, Homem-Aranha. Em 2007 o brasileiro venceu o programa “Dancing with the Stars” (programa que originou o quadro "Dança dos Famosos"), da rede de televisão ABC.