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Suspeita de matar amante pede para trocar Bangu 8 por hospital no RJ

G1

A estudante de 18 anos, Verônica Verone, acusada de matar por asfixia o empresário Fábio Gabriel Rodrigues, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, pediu ao juiz da 3ª Vara Criminal de Niterói transferência do presídio Bangu 8, na Zona Oeste, para um hospital do sistema penitenciário. Ela afirmou ao juiz que não está tendo acesso a medicamentos controlados de que precisa.

O juiz Peterson Barroso Simões enviou um ofício à Secretaria de Administração Penitenciária para que avalie a real necessidade da transferência. A jovem fez o pedido ao fim do depoimento de 14 testemunhas de acusação na tarde desta sexta-feira (29).

O empresário foi encontrado morto em um motel em Niterói no dia 14 de maio.

Um amigo da vítima, que prestou depoimento, disse que o empresário estava tentando se reconciliar com a mulher, ao mesmo tempo em que tentava terminar de vez o romance que mantinha com Verônica, presa desde maio sob acusação de tê-lo matado.

A testemunha contou que era muito amiga de Fábio e que esteve com ele na noite em que foi morto. Ele disse que sabia que Fábio tinha um relacionamento com Verônica.

Segundo o amigo, Fábio reclamava muito da pressão que Verônica exercia, telefonando seguidas vezes, insistindo em vê-lo, situação que ele próprio testemunhou.

O amigo da vítima, que trabalha com organização de eventos, contou que na sexta-feira 14 de maio, passou muitas horas do dia com ele de carro, pois estavam planejando um evento para o dia seguinte em que Fabio participaria. Ele afirma que foram muitas as vezes em que Verônica ligou e Fábio pedia que ela parasse porque nada mais havia entre eles.

À noite, de acordo com a testemunha, eles foram beber num bar em Itaipuaçu quando Verônica apareceu e pediu que Fábio saísse com ela. Ele negou, mas, depois de dez minutos de insistência de Verônica, concordou, dizendo ao amigo que não aguentava mais a pressão dela e que ia a um motel em Itaipu ver o que ela queria.

A testemunha disse que Verônica mantinha a calma todo o tempo. No dia seguinte, ele soube que o amigo estava morto.

Fábio nunca usou drogas, segundo o amigo, apenas, como ele, gostava de uma cerveja.
"Nem permitiria manter uma amizade que se envolvesse com drogas", disse a testemunha.

Policial depõe
O policial que achou o corpo de Fábio no motel, e que prestou depoimento também como testemunha de acusação, disse que o local foi desfeito, ou seja, havia sinais de que alguém havia mexido em objetos e móveis e que o corpo de Fábio tinha sido arrastado.

As demais testemunhas ouvidas falaram em geral sobre o desejo de Fábio de terminar a relação com Verônica e sobre a pressão que ela exercia sobre ele.

No próximo dia 19, o juiz ouvirá as testemunhas de defesa e vai interrogar Verônica.

Jovem queria contratar alguém para matar empresário, diz delegada
A estudante Verônica Verone, que confessou ter asfixiado e matado o empresário Fábio Gabriel Rodrigues, em um motel em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, queria contratar uma pessoa para matar o ex-amante. A informação é da delegada Juliana Rattes, responsável pelo inquérito que indiciou Verônica por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, já que na ocasião ela tentou arrastar o corpo de Fábio até o carro, mas não conseguiu.

Crime
O assassinato aconteceu dia 14 de maio em um motel da Região Oceânica de Niterói. Segundo o inquérito, Fábio foi morto por asfixia mecânica, enforcado possivelmente por um cinto.

A polícia também concluiu que Verônica tentou esconder o corpo do empresário. Ela teria arrastado o cadáver, que pesava 90 kg, do quarto do motel até a garagem. Os investigadores excluíram a possibilidade de participação de uma outra pessoa depois da reconstituição do crime, quando Verônica conseguiu arrastar um policial e um saco de areia, ambos com o mesmo peso de Fábio.

Presa desde maio, ela pode pegar até 30 anos de prisão, segundo a delegada.
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