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"Quem comete crimes são pessoas, não partidos"

De Brasília - Vinícius Tavares/Da Redação - Priscilla Vilela

O senador Pedro Taques (PDT) avaliou que os partidos políticos não cometem crimes sozinhos, mas sim as pessoas integrantes do partido, e que estas precisam ser responsabilizadas. A declaração veio em aparte ao discurso do senador Alfredo Nascimento (PR), ex-ministro dos Transportes, que há duas semanas pediu demissão do cargo. Segundo Taques, os senadores não podem passar a mão na cabeça de membros do governo que sejam denunciados por irregularidades.

De acordo com o senador, a população não quer saber se houve mudança de escopo para justificar o aumento do custo de algumas obras. Para o parlamentar pededista, o que importa é saber se essas pessoas públicas afastadas roubaram ou não dinheiro público.

“Fui procurador da República por quinze anos e desde que assumi pela primeira vez o cargo vejo que existem processos que nunca foram concluídos, por isso, defendo que as pessoas denunciadas sejam punidas. Os moradores de Confresa ou Colniza querem saber se houve roubo ou não”, destacou.

O parlamentar demonstrou ainda surpresa com a declaração de Alfredo Nascimento de que não há recursos no ministério para a execução das obras de mobilidade urbana em Cuiabá e Várzea Grande. O senador mato-grossense salientou ao ex ministro que as obras até já foram lançadas pelo governo do Estado, mas não saíram do papel.

“Essa indefinição apenas reforça os indícios de irregularidades no Ministério dos Transportes e justifica uma investigação mais profunda’, comentou.
 
Taques também defendeu alterações no artigo 58 da Constituição para ampliar os poderes do Congresso Nacional na investigação de denúncias cometidas por agentes públicos.
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