Imprimir

Notícias / Política BR

Rossi diz que demitiu diretor da Conab conforme manda a lei

De Brasília - Vinícius Tavares

Depois do escândalo do Ministério dos Transportes, desta vez o alvo agora é o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Em depoimento na Comissão de Agricultura da Câmara, nesta quarta-feira (3/8), o ministro Wagner Rossi (PMDB) disse que determinou a suspensão de pagamentos indevidos à empresa Renascença, suspeita de receber R$ 8 milhões do ex-diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Oscar Jucá Neto, irmão do senador Romero Jucá (PMDB/RR).

Rossi afirmou ter adotado todas as medidas necessárias para evitar o pagamento destes recursos à empresa e disse que o próprio Oscar Jucá Neto utilizou um recurso de uma rubrica que não era apropriado para pagar a empresa, que tinha débito com o ministério sob júdice. O ministro lembrou que Jucá Neto estava há apenas dez dias no cargo, mas que a Advocacia Geral da União (AGU) já estava adotando medidas.

“Diante da situação, eu mesmo determinei que ele fosse exonerado. Na administração publica apenas fiz uma concessão, permitindo que ele pedisse a exoneração”, afirmou.
Segundo Wagner Rossi, o constrangimento fez com que o ex-diretor fizesse as denúncias na revista Veja. “Ele deu entrevista a seis jornalistas da revista Veja durante seis horas”, completou.

As denúncias de Jucá Neto dizem respeito a um terreno que teria sido vendido pela Conab por um preço muito menor do que o valor de mercado. Jucá também teria feito referência a uma manobra da Conab para postergar o pagamento de precatório à empresa Caramuru.

"Fiz todos os eclarecimentos à revista Veja, mas estas informações não foram utilizadas na reportagem", afirmou o ministro.

Imprimir