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Piratas somalis atacam em represália navio com bandeira americana

AFP

 Piratas somalis atacaram na terça-feira com um lança-foguetes um navio com bandeira americana, o "Liberty Sun", mas o mesmo conseguiu escapar depois de receber ajuda da Marinha dos Estados Unidos.

O ataque, segundo um chefe de um grupo de piratas, foi uma represália pela morte de três sequestradores numa operação da Marinha americana no Oceano Índico.

"Este ataque foi o primeiro contra nosso principal alvo", declarou Abdi Garad, , contatado, em Mogadiscio, no Eyl, porto pesqueiro onde se concentram os piratas na região autoproclama autônoma de Puntland (nordeste da Somália).

"Nós tínhamos a intenção de destruir este navio de bandeira americana e sua tripulação, mas lamentavelmente escaparam por pouco", acrescentou o líder de um grupo de piratas que em 8 de abril capturou durante algumas horas o portacontêineres americano "Maersk Alabama".

"O objetivo principal deste ataque foi totalmente diferente dos anteriores. Não queremos um resgate. Foi destinada uma equipe especial para perseguir e destruir qualquer navio de bandeira americana em represália ao assassinato brutal de nossos amigos", declarou Abdi Garad.

O "Liberty Sun" pediu ajuda à Marinha americana, que deslocou homens para ajudar o navio e a tripulação, informou a empresa proprietária da embarcação, a Liberty Maritime Corp., que tem sede em Nova York.

"Ninguém ficou ferido e a tripulação e o navio estão a salvo", afirma a companhia em um comunicado.

O "Liberty Sun" zarpara de Houston, Texas, com destino a Mombasa, na costa do Quênia, com alimentos para países afetados pela fome.

O incidente aconteceu pouco depois do sequestro de dois cargueiros, o que demonstra que as recentes operações militares francesa e americana não reduziram a determinação dos piratas de atacar navios ao longo da costa da Somália.

Dez navios foram raptados no decorrer de abril na região, apesar das ameaças de ataques por parte das forças navais presentes na região.

O ataque aconteceu dois dias depois de Richard Phillips, capitão do "Maersk Alabama", que permaneceu sequestrado durante cinco dias em um bote salva-vidas no Oceano Índico, ter sido resgatado em uma operação da Marinha dos Estados Unidos, que terminou com a morte de três piratas e a prisão de um quarto.

Na segunda-feira, os piratas já haviam prometido que vingariam a morte de seus companheiros.
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