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Edinho reencontra Fernandão: amigo na alegria e herói na tristeza

Globo Esporte

Edinho viverá uma forte emoção ao pisar o castigado gramado do Engenhão, às 21h (de Brasília), de quinta-feira, para encarar o Internacional, pelo Fluminense, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. Engana-se, porém, quem acha que o reencontro com o ex-clube será o único momento especial para o volante. Como diretor de futebol dos gaúchos estará um dos principais responsáveis por seu sucesso profissional: Fernandão.

Antes de se tornarem companheiros nos tempos de Beira-Rio, Edinho e Fernandão escreveram na França uma história de solidariedade, em 2001. Então com 17 anos, o volante tricolor deixou Saquarema, no interior do Rio de Janeiro, em busca do sonho de jogar na Europa. Na bagagem, promessas de testes em clubes da 3ª e 4ª divisão indicados por um empresário. Ao desembarcar em solo francês, porém, o castelo ruiu.

- Fernandão foi muito importante na minha trajetória no futebol. Era garoto e, como todo mundo, tinha o sonho de jogar na Europa. Um empresário me fez uma proposta para realizar testes, eu fui, e não foi nada daquilo que sempre sonhei. O cara me abandonou lá.

Foi quando o ex-atacante entrou na vida de Edinho. Recém-contratado ao Goiás pelo Olympique de Marseille, Fernandão surgiu como salvador do compatriota, que não pensou duas vezes antes de procurá-lo para pedir socorro.

- Vi na televisão que o Fernandão tinha sido contratado pelo Olympique de Marseille, peguei um trem e fui atrás pedir ajuda. Na época, eu estava sem alimentação e moradia. Sem nada. Ele, sem me conhecer, me deu muito apoio. Conseguiu que eu fizesse testes no Bastia e, através disso, consegui até mesmo minha passagem de volta para o Brasil. Fernandão é um cara muito especial. Vou levar essa amizade para o resto da vida. Depois ainda nos encontramos no Internacional e pudemos conquistar muita coisa boa.

Os destinos de Edinho e Fernandão voltaram a se cruzar três anos depois, em 2004, no Internacional, e o encontro mais uma vez teve um final feliz, com os títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes de 2006. Afastados por seguirem caminhos distintos no futebol, volante e ex-atacante se reencontram nesta quinta no Engenhão e antes de qualquer rivalidade ou disputa vão se abraçar e, por que não, recordar o passado.

- O mundo da bola faz com que uma hora cada um esteja em algum lugar. Acabamos perdendo o contato. Mas tenho certeza que, quando nos encontrarmos, vamos dar um forte abraço.

Com 18 pontos, o Fluminense é o oitavo colocado no Brasileirão, uma posição atrás do Internacional, que tem 19.
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