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Governo admite mão de ferro com greve e não cede a pressão da AL

Da Redação - Lucas Bólico

Nem as três horas da reunião entre os deputados estaduais e o Governo do Estado, ocorrida nesta tarde, serviu para flexibilizar a postura do Governo do Estado no tratamento com os servidores em greve. “Se ter mão de ferro significa ter responsabilidade e manter os compromissos firmados com a sociedade, nós temos conduzidos sim a greve com mão de ferro”, declarou o secretário de Administração do Estado, César Zílio.

O recado foi claro: o governo não mudará de postura e não pretende ceder às reivindicações das categorias. “Se nós atendêssemos aos pedidos que os servidores estão fazendo, teríamos que gastar R$ 1,5 bilhão a mais por ano com a folha salarial”, defendeu Zílio. De acordo com o secretário, o governo, caso ceda a pressão dos grevistas, colocará em risco o pagamento de todos os servidores do Estado, descumprindo a promessa de campanha de pagar os salários em dia.

Mesmo mantendo as mesmas propostas já negadas pelos grevistas, Zílio se reunirá com os servidores a partir desta semana para debater o assunto. O governador se nega a sentar com os servidores. A primeira reunião agendada acontecerá às 9h desta sexta-feira (5) com os servidores do Detran. Na semana seguinte, o governo negociará com os servidores da Sema, da Polícia Civil e da Polícia Militar de segunda (8) a quarta-feira (10), respectivamente. As reuniões serão às 15h.

Os manifestantes que aguardavam o término da reunião no portão do Palácio Paiaguás não esconderam o desapontamento com a sinalização do governo. Os grevistas marcharam até a Assembleia Legislativa na tentativa de conversar com os deputados.

O deputado José Riva (PP) também não se contentou com o resultado da reunião e criticou a falta de flexibilidade do governo na lida com a situação. A deputada Luciane Bezerra (PSB) declarou que o governo afirmou que está com o teto comprometido mas não mostrou dados que comprovem o estrangulamento da máquina.
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