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Mantega: 'Sinto que investimentos já estão voltando'

AE

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou hoje que acredita que os investimentos já estão começando a retomar em todo o mundo e que o Brasil terá lugar de destaque como destino destes recursos. "Sinto que os investimentos já estão voltando e quando voltarem sinto um fluxo maior para o Brasil", afirmou hoje, durante audiência pública conjunta de comissões de acompanhamento da crise e desenvolvimento econômico da indústria e comércio na Câmara.

O ministro fez esta avaliação citando um estudo, o da Latin America, que avalia o Brasil como o país mais seguro na opinião dos investidores. De acordo com o levantamento apresentando pelo ministro, o Brasil recebeu 43% das intenções de investimento ante 18% da Índia, 13% da Rússia e 8% da China. "No grupo dos Brics, o Brasil passou a ser definitivamente a bola da vez", comemorou.
Segundo Mantega, isto vem sendo possível porque ao contrário de crises enfrentadas no passado, o governo pode tomar neste momento medidas para atenuar os efeitos da crise no Brasil. "Com a solidez econômica construída por vários governos, e no nosso também, podemos tomar medidas anticíclicas", disse.

Entre os principais feitos, o ministro mencionou a redução da taxa básica de juros, a Selic; o aumento do crédito por meio da liberação dos depósitos compulsórios (parte dos recursos captados pelos bancos junto aos clientes que são recolhidos ao Banco Central); além de mudanças na política fiscal, com aumento de investimentos e redução da carga tributária.

Mantega lembrou também o lançamento do programa habitacional para a construção de um milhão de moradias que, segundo ele, já está fazendo efeito, movimentando o setor da construção civil. Ele destacou ainda o efeito positivo da redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos novos.

Maturidade

O ministro disse que o Brasil tem maturidade institucional, o que protege a economia. Segundo ele, o novo modelo de desenvolvimento, que estava sendo implementado antes da crise financeira internacional, aumentou os investimentos e, nesse sentido, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foi importante, e reforçou o mercado interno. "Temos um mercado interno que cresce. Isso é uma vantagem em relação aos outros países", disse.

Mantega destacou também a solidez das contas públicas e a inflação sob controle, além do crescimento da massa salarial que, segundo ele, tem mantido o consumo praticamente no mesmo nível.
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