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PR na Câmara confirma ao Planalto permanência no bloco do governo

G1

O líder do PR na Câmara, deputado Lincoln Portela (MG), confirmou na tarde desta quinta-feira (4), que o partido vai permanecer no bloco do governo na Câmara dos Deputados. A confirmação foi feita para a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com quem Portela se reuniu no Palácio do Planalto. Nesta quarta (3), o líder do PR no Senado, Magno Malta (ES) anunciou a decisão da bancada de deixar o bloco do governo na Casa.

"Na Câmara não há esse problema [saída]. Na Câmara temos apenas o pedido de saída do PRB, que havia um pedido de saída para que eles tivessem uma visibilidade maior. Somos base do governo, vamos permanecer base do governo e a ministra Ideli quis no agradecer por isso também. No Senado foi uma posição unânime, de sete senadores, até para que a gente pudesse ter mais liberdade. Seguimos com apoio total ao governo", disse o deputado.

Além de Portela, o senador Clésio Andrade (MG) também participou do encontro convocado pela ministra Ideli Salvatti. Segundo o senador, o partido reforçou que vai permanecer na base, mas que com a saída do bloco os senadores ganham mais liberdade, inclusive para votar contra projetos de interesse do governo.

"Entendemos que de qualquer forma damos o apoio total ao governo da presidente Dilma, mas em determinadas votações já se vê de outra forma, diferente. Algumas questões, como o trem-bala, eu não votaria mais a favor do trem bala. Eu não votaria a favor e teria essa posição", afirmou o senador.

Apesar das posições diferenciadas nas Casas, Portela disse que não há um rompimento no partido. Segundo ele, as posições diferentes são questões de "funcionamento".

"O Senado está unido com a Câmara, unido com o governo, e temos um só discurso. Agora, bloco parlamentar é funcionamento, e no Senado o PR decidiu ter outro tipo de funcionamento, e na Câmara também vamos ter outro funcionamento com a saída do PRB".

Ideli
Segundo Portela, a ministra das relações institucionais não comentou as declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que teria dito na edição deste mês da revista "Piauí", que a ministra Ideli Salvatti era "muito fraquinha" e que Gleisi Hoffmann "sequer conhece Brasília".

De acordo com Portela, Ideli teria comentado apenas a declaração do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que, ao comentar o episódio, chamou Ideli de "gordinha".

"Ela achou até interessante o que aconteceu com ela. Ela disse que está muito bem, cuidando bem da sua saúde e cuidando bem da saúde do governo. [...] Ela brincou mais em relação ao presidente Sarney, brincou com o comportamento do Sarney", contou o deputado.
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