Os servidores da Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap) resolveram, na tarde desta quinta-feira (4), entrar em greve por tempo indeterminado contra as demissões feitas por contas das recentes manifestações contra a concessão dos serviços de esgotamento e fornecimento de água na capital.

Uma das principais reivindicações da categoria é a imediata demissão do atual presidente da Sanecap, Aray Fonseca. Os grevistas também pleiteiam a recontratação dos profissionais demitidos e a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara de Cuiabá para investigar as irregularidades na companhia.

O presidente do sindicato dos trabalhadores da Sanecap, Ideuenio Fernandes, adianta que a paralisação se limitará ao setor administrativo da companhia, interrompendo, por exemplo, o corte de água dos inadimplentes. O fornecimento segue normalmente. “Não podemos interromper um serviço básico como o fornecimento de água”, explica.

A greve também é estratégica para conter as demissões. Com o setor administrativo estagnado, os servidores não poderão ser demitidos até que as atividades sejam retomadas e os grevistas prometem só descruzar os braços com a garantia de que não haverão mais demissões e após a recontratação dos que já foram mandados embora.

Como a greve foi votada há pouco por unanimidade, a paralisação só começará na próxima terça-feira (9). O comando de greve já foi montado e está articulando as mobilizações.