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Notícias / Economia

Bolsas da Europa fecham em baixa com setor bancário

AE

As principais bolsas da Europa terminaram a sessão de hoje em queda, cedendo ao declínio nas ações do setor bancário após o banco suíço UBS anunciar que deve registrar prejuízo bilionário no primeiro trimestre deste ano e que irá cortar os custos por meio da demissão de mais de 8 mil funcionários.

A Bolsa de Londres perdeu 0,52% e fechou a 3.968,40 pontos. Na Alemanha, a Bolsa de Frankfurt caiu 0,16%, para 4.549,79 pontos. Na Bolsa de Paris, a queda foi de 0,48%, para 2.985,74 pontos e, em Madri, as perdas foram mais acentuadas, com baixa de 1,39%, para 8.711,90 pontos.

No setor bancário, as ações do UBS recuaram 6,86%, devolvendo parte de um avanço de 15% registrado ontem. O banco informou hoje que deve anunciar um prejuízo líquido de quase 2 bilhões de francos suíços (US$ 1,75 bilhão) no primeiro trimestre de 2009 e disse ainda que irá cortar mais de 11% dos seus funcionários, o equivalente a aproximadamente 8,7 mil empregos, a fim de reduzir os custos. Outras instituições financeiras também recuaram. O banco francês BNP Paribas caiu 1,53% e o alemão Deutsche Bank teve declínio de 4,33%.

Segundo Mike Lenhoff, estrategista-chefe da corretora Brewin Dolphin, os mercados esperam a divulgação de mais balanços corporativos para decidir qual direção tomar. "O mercado buscará nos balanços sinais de que a situação deve melhorar de agora em diante."

No setor de tecnologia, os papéis da Nokia recuaram 3,8%. A companhia, maior fabricante mundial de telefones celulares, deve divulgar o balanço trimestral amanhã.

Entre as mineradoras, a Rio Tinto recuou 5,16% após anunciar que, durante os três primeiros meses de 2009, houve um declínio em sua produção de minério de ferro e de alumínio. Os papéis da rival BHP Billiton recuaram 3,94% e os da Xstrata perderam 6,52%.

No setor automotivo, a Volkswagen recuou 0,91% após a Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, afirmar que ainda não decidiu se desafiará uma lei alemã que restringe o direito de votos de acionistas. A Porsche, acionista majoritária da Volks, desaprova a lei.

Entre as empresas que permaneceram em território positivo, a Syngenta subiu 6,1%. A companhia divulgou que as vendas no primeiro trimestre deste ano caíram 4%, para US$ 3,6 bilhões, e atribuiu o declínio à valorização do dólar ante as principais moedas estrangeiras, acrescentando que ainda prevê crescimento do lucro por ação este ano. As informações são da Dow Jones.
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