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Saída de Jobim não prejudica memória dos presos políticos

De Brasília - Vinícius Tavares

A saída de Nelson Jobim do Ministério da Defesa não deve interromper o trabalho da Comissão da Verdade instalada dentro da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República para apurar crimes cometidos durante os períodos de ditadura militar.

A avaliação é de Gilney Viana, ex-deputado pelo PT de Mato Grosso e coordenador do projeto Direito à Memória e à Verdade, que tem por objetivo resgatar a memória e a história dos perseguidos políticos no país.

Na opinião de Gilney, o projeto de Comissão da Verdade é uma determinação da presidente Dilma Rousseff e não deve ser prejudicado por causa da saída de Jobim.

“Este processo de criação da Comissão da Verdade vai continuar. É um programa de governo e não dependia diretamente do Nelson Jobim. Minha expectativa é que Isso não se altera”, declarou com exclusividade ao Olhar Direto.

Ex-preso político e indicado pela própria presidente Dilma Rousseff para coordenar um dos itens mais importantes do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3), Gilney é cauteloso ao analisar a substituição do ex- ministro Nelson Jobim.

“O ex-ministro Nelson Jobim colocou-se na condição de demissionário. Não domino essa área (militar), mas minha expectativa é muito positiva. O Celso Amorin é altamente qualificado e acredito que não muda em nada a condução do Ministério”, salientou.

Segundo ele, o projeto de criação da Comissão da Verdade deve ser encaminhado para votação na Câmara dos Deputados ainda neste mês.
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