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Notícias / Informática & Tecnologia

Cidade Digital do DF terá sistema de gestão igual ao de aeroportos

G1

Para tirar do papel o Parque Tecnológico Capital Digital, o governo do Distrito Federal pretende adotar o mesmo modelo de exploração que o governo federal usará em aeroportos. O programa, também chamado de Cidade Digital, já recebeu investimento de cerca de R$ 4 bilhões e tem como objetivo incrementar a economia do DF com a atração de laboratórios e empresas do setor de tecnologia.

Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Jacques Pena, no modelo de Empresa de Propósito Específico – que será usado na concessão dos aeroportos de Brasília, Guarulhos (SP) e Viracopos (SP) –, empresas privadas são selecionadas para se juntarem a um órgão público na construção e administração do empreendimento. No caso da Cidade Digital, as empresas serão sócias da Terracap.

Pena não precisou o limite de participação das empresas na sociedade, mas afirmou que elas devem deter pelo menos 51% da companhia que administrará a Cidade Digital.

Segundo ele, a ideia é que a Terracap ofereça o terreno de 123 hectares às empresas, que em contrapartida entram no negócio com a infraestrutura. Elas poderão construir galpões para alugar para outras empresas interessadas em se instalar no local.

O aluguel foi escolhido pelo governo como forma de evitar que a área se torne objeto de especulação imobiliária. A renda dos aluguéis será distribuída entre as empresas e a Terracap na proporção de investimento de cada uma.

Em janeiro, ao assinar o decreto que define o funcionamento do Parque, o governador Agnelo Queiroz havia dito que a licitação para escolha de sócias privadas estava previsto para acontecer entre 15 de maio e 21 de junho. No entanto, o edital ainda não foi lançado. Isso deve acontecer em breve, segundo o secretário.

O projeto
Ao anunciar o projeto da Cidade Digital, o governo informou o Parque deve estar em pleno funcionamento até 2014. O objetivo é que sejam criados 80 mil novos empregos e que o projeto eleve o faturamento no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no DF de R$ 2,5 bilhões para R$ 5 bi.

A área de 123 hectares deve receber escolas técnicas, laboratórios e o Complexo Datacenter do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal (CEF). Além disso, são esperadas empresas internacionais. Segundo o governo, grupos de informática, como a Microsoft e a Intel já teriam demonstrado interesse em se instalar na Cidade Digital.


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