Mustafá Abdel Khalil, presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) - o organismo político dos rebeldes líbios - destituiu parte de seu governo, anunciaram nesta segunda-feira à AFP dois porta-vozes do movimento rebelde.

"O presidente do CNT dissolveu o Poder Executivo", disse à AFP Mohamed el Kish, um porta-voz rebelde.

"Ele pediu a Mahmud Jibril (que atualmente dirige o Poder Executivo) que reestruture sua equipe e alguns certamente não regressarão", disse Kish. Outro porta-voz insurgente, Shamsidin Abdulmolá, confirmou a ordem de Khalil.

Jibril, que desempenhará simultaneamente as funções de primeiro-ministro e de número dois da rebelião, formará um novo executivo, disse Abdulmollah.

Este será composto por 15 membros, encarregados da gestão dos territórios sob controle insurgente no leste do país.

O CNT foi instaurado no início de março em Benghazi, depois da revolta instaurada em fevereiro contra o regime do coronel Muamar Kadhafi.

A decisão acontece uma semana depois do assassinato em circunstâncias misteriosas do chefe do Estado-Maior da rebelião, o general Abdel Fatah Yunes, um ex-pilar do regime de Kadhafi que se uniu à insurgência.

Seu assassinato tem provocado muitas especulações sobre a identidade dos assassinos, as divisões na rebelião ou a existência de uma "quinta coluna das tropas rebeldes".