A mãe suspeita de ter envenenado a própria filha de onze meses com soda cáustica está proibida de se aproximar da criança, devendo manter uma distância mínima de cem metros da mesma, segundo o delegado titular da delegacia de Nerópolis, Samer Agi.

A suspeita da polícia é que ela tenha cometido o crime para chamar a atenção do marido. No dia do flagrante, a Justiça retirou dela o direito de ficar com a criança e passou a guarda provisória para o pai. Ele disse ao delegado que estava separado da mãe da criança havia alguns dias e que a mulher tentou reatar o relacionamento várias vezes. O homem contou ainda que, logo depois da internação, antes de saber que se tratava de envenenamento por soda cáustica, uma tia mencionou que o irmão mais velho do bebê, um menino de quatro anos, teria visto a mulher dar o produto à criança.

Muito abalado com o fato, o pai não quis mostrar o rosto. Preocupado com a saúde da filha, ele disse que nunca imaginou que a mulher fosse capaz de um gesto assim. Pela manhã, os avôs maternos do bebê também estiveram na delegacia. A avó disse que a filha às vezes se mostrava nervosa, mas tratava bem a criança.

O conselheiro tutelar que acompanha o caso disse que o bebê tem queimaduras na boca e no esôfago, mas está se recuperando.