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Notícias / Agronegócios

Mercado de reflorestamento está aquecido em Mato Grosso

De Rondonópolis - Débora Siqueira

Mais de 400 produtores participaram do ciclo de palestras sobre reflorestamento, durante a 39ª Exposul. Uma estimativa da Associação de Reflorestadores de Mato Grosso (Arefloresta), Fausto Hissaki Takizawa, é de que no Estado 203 mil hectares são ocupados por árvores de reflorestamento como eucalipto, pau de balsa, teça e seringueira.

Fausto comentou que há muitas oportunidades no setor de reflorestamento. Dados do Serviço Florestal Brasileiro mostram cada vez menos extração de tora de madeira nativa. Em 1998 foram 28,3 milhões de hectares e em 2009 caiu para 14,2 milhões. "As pessoas têm edificado casas com estrutura de ferro no telhado substituindo a madeira nativa, pelo elevado preço”, comentou Fausto.

Além de oportunidades dentro do mercado como forma de substituir madeira nativa, toras de árvores de reflorestamento também podem preencher lacuna no segmento de lenha, dentro da cadeia produtiva da madeira. “Para atender demanda para lenha na geração de energia, seriam necessários mais de 311 mil hectares do que os atuais 203 mil”, explicou o presidente da Arefloresta.

O diretor da empresa Painel Florestal, Paulo Cardoso, disse que a plantação de floresta está em evidência, por isso a busca do público por informações que podem nortear produtores e empresários sobre uma nova cultura rentável e que preserva o meio ambiente. “A madeira é o terceiro item de exportação do Brasil e o reflorestamento possibilita ao produtor comercializar madeiras que possuem certificado de origem e sem degradar o meio ambiente”.

Ele explica que o eucalipto, por exemplo, pode ser usado para diversas finalidades, e seis anos após o plantio pode ser cortado. Diferente da soja ou outro cultivo, o eucalipto não se perde com o passar do tempo. Contudo, Paulo orientou que antes seja feito um estudo de campo para saber qual a espécie ideal a ser plantada e a demanda do comércio.

O secretário do Meio Ambiente de Rondonópolis, Lindomar Alves, disse que as pessoas têm mudado a forma de pensar e buscado ações sustentáveis. “A cada dia tem aumentado a cobrança, por parte de empresas e consumidores, da preservação do meio ambiente com certificados como o Selo Verde, que indica a origem da madeira”.

Em Mato Grosso, o setor de reflorestamento gera 6 mil empregos no Estado e fatura R$ 65 milhões por ano.
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