Os membros do Partido da República (PR) se reúnem na noite desta terça-feira (9), em Brasília, para analisar os acontecimentos que culminaram na perda do comando do Ministério dos Transportes e que podem resultar na saída definitiva do partido da base de apoio ao governo Dilma Rousseff (PT).

O senador Blairo Maggi (PR-MT) disse que o partido vai exigir de Dilma uma espécie de compensação pela demissão de Luiz Antonio Pagot do Departamento Nacional de Infraesrrutura de Transportes (Dnit).

Segundo Maggi, a forma como Pagot saiu do Dnit ainda não foi bem digerida pelo partido, que enxerga injustiça na decisão da presidente. O senador entende que Dilma agiu com critérios distintos em relação às denúncias que atingiram ocupantes de outros órgãos.

"Espero que o governo tenha o mesmo tratamento com os demais partidos que ele teve com o PR. Senão, ficam dois pesos duas medidas", afirmou.

Os líderes republicanos definirão também amanhã qual será a participação da legenda no governo Dilma. Segundo Maggi, existem três caminhos a seguir.

"O primeiro caminho seria romper com o governo. A segunda opção seria continuar a apoiar, porém sem nenhuma presença no governo. A terceira opção seria insistir em permanecer no governo", revela Blairo.

Pesa sobre a decisão de romper com o governo, abrir mão das centenas de cargos que o PR ocupa em todo o país e o poder que a legenda ainda exerce com sobre alguns estados.