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Grupo terrorista planejava assassinar Morales, diz Governo

EFE

 O vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, afirmou hoje que o grupo de "mercenários internacionais" desarticulado em Santa Cruz preparava o assassinato dele e do presidente Evo Morales e dele próprio.

Em um pronunciamento em La Paz, García Linera disse que tirou esta conclusão a partir da documentação encontrada na operação desta madrugada em Santa Cruz, onde três suspeitos de terrorismo morreram em tiroteio com a Polícia, enquanto outros dois foram presos.

"Os documentos, de maneira preliminar, falam dos preparativos de um magnicídio, de um atentado contra as vidas do presidente e do vice-presidente da República", afirmou.

Segundo ele, o Governo tem dados sobre a presença destes terroristas em recentes atos públicos de Morales e sobre o acompanhamento que teriam feito às viagens de comitivas do presidente, dele próprio e de alguns ministros.

Após o tiroteio travado nesta madrugada em um hotel de Santa Cruz, a operação policial continuou com a apreensão, no centro comercial da cidade, de armamento como metralhadoras e fuzis, além de explosivos preparados para futuros atentados, segundo García Linera.

Pela apreensão destas armas e pelos documentos encontrados, o Governo deduz também que esta quadrilha cometeu os recentes atentados em Santa Cruz, contras as casas do cardeal Julio Terrazas, ontem, e do vice-ministro de Autonomias, Saúl Ávalos, há três semanas.

O vice-presidente disse que, pela quantidade e modelo das armas encontradas, a Polícia deduz que pode haver outras "células" terroristas na Bolívia, que vinculou a uma suposta "ideologia de extrema direita fascista".

Entre os mortos e detidos na operação, há estrangeiros, segundo o Governo, que, no entanto, não esclareceu de que nacionalidades eles seriam.

Ao longo do dia, a imprensa local vem especulando nacionalidades estrangeiras, como "húngaros", "croatas", "um irlandês" e "um romeno", mas não descarta a presença de bolivianos.
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